Mercado de carbono
Projeto que regula o mercado de carbono é superficial, diz advogado
O projeto é de autoria do deputado Eduardo Paes. A proposta prevê a emissão de títulos RCE, regulados pelo Protocolo de Quioto, em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Esses RCEs são os chamados créditos de carbono, originados a partir de projetos que evitam ou contribuem para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.
Bardella explica que, ao atribuir à RCE a natureza de valor mobiliário, sinaliza-se a solução de três questões em aberto: a tributação incidente sobre os RCE, a regulação do fluxo de recursos entre o Brasil e o país adquirente do RCE e a contabilização do RCE no balanço das empresas. “Além disso, esses títulos passarão a ser regulados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o que transmite incontestável segurança ao investidor estrangeiro”, acrescenta.
Ao mesmo tempo, o advogado critica a idéia de submeter às transações dos RCEs à Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), apesar de acreditar que esse procedimento proporcionará ainda mais credibilidade e segurança às transações. “Além de tais negociações dispensarem a atuação da Bolsa, a obrigatoriedade dessa submissão onera a venda, reduzindo a margem de lucro do empresário brasileiro”, explica Bardella.
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