Posse
Desembargador Celso Rotoli de Macedo toma posse no cargo de presidente do TJ/PR
Em concorrida solenidade realizada nesta terça-feira, 13/7, no Palácio da Justiça, em Curitiba, o desembargador Celso Rotoli de Macedo tomou posse no cargo de presidente do TJ/PR. Na mesma sessão solene, foi empossado, no cargo de 2º vice-presidente, o desembargador Sérgio Arenhart.
A cerimônia de transmissão de cargo foi conduzida pelo desembargador Carlos Augusto Hoffmann, que deixa o posto de presidente e também se afasta do Tribunal, após 45 anos de trabalho dedicados à Justiça, em razão da aposentadoria compulsória.
A mesa de honra foi composta pelas seguintes autoridades: Ney Amilton Caldas Ferreira, secretário-chefe da Casa Civil, representando o governador do Estado, Orlando Pessuti; deputado Nelson Justus, presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná; Luiz de Carvalho, secretário de relações políticas do Município, representando o prefeito municipal de Curitiba. Luciano Ducci; desembargador Joel Ilan Paciornik, representando o presidente do TRF da 4ª região; desembargadora Rosemarie Diedrisch Pimpão, presidente em exercício do TRT da 9ª região; advogado José Lúcio Glomb, presidente da OAB/PR; doutor Olympio de Sá Sotto Maior Neto, procurador-geral de Justiça; desembargador Marcus Fáver, presidente da Comissão Executiva do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil; juiz Gil Franciso Guerra, presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar); conselheiro Hermas Brandão, presidente do Tribunal de Contas do Paraná; padre José Aparecido Pinto, representando o Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom Moacir Vitti.
A solenidade foi prestigiada também por desembargadores, juízes, promotores de Justiça, advogados e servidores da Justiça, bem como por amigos e familiares dos novos dirigentes.
Celso Rotoli de Macedo assina o termo de posse como presidente do TJ
Um administrador experiente e determinado
Em seu discurso, Rotoli de Macedo afirmou: "Estou assumindo a presidência do TJ para cumprir um mandato de pouco mais de seis meses. Para alguns, sobretudo para aqueles que sopesam a responsabilidade e as dificuldades do cargo, esse é um tempo longo. Para outros, que têm como referência apenas a dimensão temporal, esse é um tempo demasiadamente curto. Para mim, entretanto, que vim para cumprir uma missão que me foi confiada pela maioria dos membros do Tribunal Pleno desta Corte, esse tempo não é longo nem curto, é, simplesmente, o tempo de que disponho para executar, pelo menos na sua maior parte, um projeto administrativo que venho acalentando há anos, desde o primeiro momento em que manifestei o interesse em concorrer ao cargo de presidente deste Tribunal".
O novo presidente tem uma forma peculiar de administrar. Isso ficou claro em seu pronunciamento, sobretudo quando ele acentuou: "Estou trazendo para a Administração do Tribunal princípios e valores que se aplicam na administração privada. São princípios e procedimentos já consagrados e que agilizam, sobremaneira, o processo administrativo. Um desses princípios é a determinação corporativa, que possui quatro componentes: velocidade, importância, compromisso e correção. Velocidade para aproveitar melhor o tempo. Importância como critério na escolha das prioridades. Compromisso com as metas estabelecidas. E correção da rota administrativa, quando algo ameaçar a execução do plano ou do projeto. A determinação corporativa diz respeito à determinação organizacional expressada pela equipe administrativa. Isso quer dizer que a equipe toma decisões rápidas relativamente àquilo que é importante e se compromete visceralmente com a consecução dos objetivos e com a execução dos planos".
Finalizando, enfatizou Rotoli de Macedo: "Vim com o propósito de fazer mudanças. Mudanças que beneficiem os servidores, os magistrados e a Instituição. Consequentemente também serão beneficiados todos os jurisdicionados, ou seja, aqueles que buscam os serviços do Poder Judiciário".
Sérgio Arenhart assina o termo de posse como 2º vice-presidente
Saudação aos novos dirigentes
Falando em nome do TJ e da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), o desembargador José Laurindo de Souza Netto fez uma oportuna saudação aos novos dirigentes do TJ. Também enalteceu as qualidades dos desembargadores Carlos Augusto Hoffmann e João Luís Manassés de Albuquerque, que se despedem desta Corte de Justiça, bem como ressaltou as virtudes dos desembargadores Celso Rotoli de Macedo e Sérgio Arenhart, que ora assumem seus cargos. Depois fez uma relevante constatação: "Como é sabido, o Judiciário tem tido dificuldades diversas. A morosidade é frequentemente apontada como principal causa da sua crise de credibilidade. É claro que o funcionamento do Judiciário nos desassossega, mais a nós próprios. Não se nega que há muito por fazer no âmbito interno, mas há fatos externos que não podem ser esquecidos. Não é crível debitar-se aos juízes a responsabilidade pelas apregoadas deficiências na administração da Justiça. A insuficiência de recursos financeiros, a excessiva litigiosidade, o formalismo processual, o déficit de juízes conspiraram contra a atividade jurisdicional rápida. A legislação brasileira é abundante e desconexa, o modelo processual é barroco, com a verdadeira liturgia das formas. O Judiciário precisa mesmo é de mais financeiros e menos recursos processuais".
Hoffmann despede-se da vida pública
Ao usar da palavra, o desembargador Carlos A. Hoffmann, que se afasta da vida pública porque foi alcançado pela aposentadoria compulsória, fez um breve retrospecto de sua carreira profissional, a qual teve início no ano de 1965, como promotor interino, no MP do Estado do Paraná. Lembrou que, depois de 25 anos de serviços prestados ao MP, veio para o TJ, onde atuou, durante 20 anos, como magistrado. No TJ, exerceu também o cargo de corregedor-geral da Justiça.
Já no final de seu discurso, Hoffmann disse que, ao se afastar do Tribunal, leva "no coração as boas lembranças de seus pares, os desembargadores, e de todos aqueles que o visitaram em seu gabinete para levar uma palavra de apoio, oferecer irrestrita colaboração, prestar solidariedade ou apresentar idéias e sugestões com o intuito de aprimorar os serviços judiciários".
Consignou agradecimentos à sua equipe de trabalho – Juízes Auxiliares, Secretária, Subsecretária, Diretores e demais funcionários, bem como a todos aqueles que colaboraram para o êxito de sua gestão. Emocionado, lembrou da participação de sua família, afirmando: "Faço agora um agradecimento especial à minha querida esposa, Dulce, a quem dedico o maior carinho e toda a minha admiração, pois foi, inegavelmente, a propulsora de todo o meu sucesso, assim como aos meus filhos, Marcel, Fernando e Gustavo, meus amigos acima de tudo, que estiveram sempre a meu lado em todas as ocasiões".
Finalizando sua fala, completou Hoffmann: "Minhas derradeiras palavras são para desejar ao desembargador Celso Rotoli de Macedo, que ora assume o honroso cargo de Presidente deste TJ, uma feliz e produtiva gestão. Tenho absoluta certeza de que sua capacidade administrativa será colocada a serviço desta Corte e, como consequência, trará grandes benefícios para o Poder Judiciário".
Quem é Celso Rotoli de Macedo
Filho do Procurador de Justiça Nahor Ribeiro de Macedo e de Francisca Bastos Rotoli de Macedo, nasceu em Antonina/PR, em 24 de fevereiro de 1941. Formou-se pela Faculdade de Direito de Curitiba em 1966. Em 1969, por meio de concurso público, ingressou na Magistratura, como Juiz Substituto da Comarca de Londrina. Como Juiz de Direito, exerceu a judicatura nas Comarcas de Chopinzinho, Ibaiti, Assis Chateaubriand, Foz do Iguaçu e Curitiba, sendo sempre promovido por merecimento. Na Capital, exerceu o cargo de Juiz Substituto de entrância final, tendo atuado no Juizado de Menores Infratores em varas Cíveis e Criminais. Em 1983, foi o primeiro Juiz de Direito do Juizado Especial de Pequenas Causas, colaborando como fundador e na elaboração do Regimento Interno daquele Juizado. Em 3 de agosto de 1990, foi promovido, por merecimento, ao cargo de Juiz do Tribunal de Alçada, tendo atuado nas 8ª e 4ª câmaras Cíveis e na 2ª câmara Criminal, bem como presidido a 1ª câmara Criminal. Ocupou o cargo de vice-presidente do Tribunal de Alçada, para o biênio 97/98, e depois o de presidente, para o biênio 99/2000. Em fevereiro de 2002, foi promovido ao cargo de desembargador do TJ pelo critério de merecimento. Foi professor de Direito Processual Penal na Escola da Magistratura do Paraná, em Curitiba. Em 2009, recebeu o título de Cidadão Benemérito de Antonina. É casado com Antônia Marlene Guimarães de Macedo e tem três filhos: Naor Ribeiro de Macedo Neto, Marcel Guimarães Rotoli de Macedo e Mônica Maria Guimarães de Macedo Dalla Vecchia.
Quem é Sérgio Arenhart
Filho de Benno Arenhart e de Therezinha Bellinaso Arenhart, nasceu em Joaçaba/SC, no dia 29 de janeiro de 1945. Formou-se pela Faculdade de Direito da PUC do Paraná em 1969. Foi Serventuário da Justiça – Escrevente Juramentado da 6ª vara Cível e advogado. Em 1969, foi aprovado em Concurso Público para o cargo de Juiz Substituto, exercendo suas funções nas Comarcas de Cascavel, Foz do Iguaçu, Matelândia, Capanema, Medianeira, Toledo, Formosa do Oeste, Guaraniaçu, Telêmaco Borba e Marechal Cândido Rondon. Após novo concurso, em 1970, foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Curiúva, judicando, ainda, nas Comarcas de Medianeira, Bandeirantes, Londrina e Curitiba. Recebeu o título de Cidadão Honorário da Comarca de Santa Helena. Em março de 1995, foi promovido ao cargo de Juiz do Tribunal de Alçada. Em 5 de dezembro de 2003, foi promovido, pelo critério de merecimento, ao cargo de desembargador do TJ. É casado com Bianca Regina Cruz Arenhart e tem dois filhos: Sérgio Cruz Arenhart e Bianca Geórgia Cruz Arenhart.
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Fonte : TJ/PR
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