Falecimento
Jornalista Armando Nogueira falece aos 83 anos
Aos 83 anos, o torcedor do Botafogo foi vítima de um câncer que já o afligia desde 2007.
Um dos pioneiros do telejornalismo no Brasil, Nogueira trabalhou grande parte de sua carreira na Rede Globo, onde ocupou o cargo de diretor da Central Globo de Jornalismo.
Natural de Xapuri, no Acre, Armando Nogueira mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha 17 anos. Formou-se em Direito, mas passou a trabalhar com Jornalismo desde 1950, quando conseguiu o emprego no jornal Diário Carioca. Permaneceu no jornal por 13 anos e ganhou destaque ao narrar, em primeira pessoa, o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, inimigo declarado de Getúlio Vargas.
Nogueira trabalhou também nos jornais Diário da Noite e Jornal do Brasil e na Rádio Bandeirantes, além das revistas Manchete e O Cruzeiro. Chegou à Rede Globo em 1966 e foi responsável por implementar o telejornalismo na emissora, quando ficou 25 anos a frente do Jornal Nacional e do Globo Repórter.
O acreano ficou marcado também por mediar o debate entre Fernando Collor e Lula, em 1989, dias antes da eleição.
A ligação entre o jornalista e o futebol é antiga. Armando Nogueira cobriu todas as Copas do Mundo a partir de 1954 e todos os Jogos Olímpicos desde 1980.
Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" (2004) e é autor de dez livros, todos sobre esporte: "Drama e Glória dos Bicampeões" (em parceria com Araújo Neto); "Na Grande Área"; "Bola na Rede"; "O Homem e a Bola"; "Bola de Cristal"; "O Voo das Gazelas"; "A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar" (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), "O Canto dos Meus Amores"; "A Chama que não se Apaga", e "A Ginga e o Jogo".
Atualmente estava no SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.
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