Sorteio de obra
Nem sempre as opções da mais alta Corte trabalhista revestem-se de preocupação central com o valor do trabalho. Muitas vezes pecam pela resistência em avançar, amarrando os avanços tomados pelos demais órgãos especializados da Justiça operária e mitigando a força do Direito do Trabalho.
Não se trata de reconhecer que o TST só atue neste sentido, mas de apontar, com a concreta identificação das fontes, as inúmeras situações em que a Corte pesa sua mão em ofensa aos princípios do Direito laboral e sua centralidade no valor social do trabalho.
Movimentos importantes de consolidação e debate acerca dos rumos necessários à implementação de defsa dos princípios do Direito do Trabalho são tomados desde sua criação. Com efeito, a resistência que este ramo do Direito impõe à falta de freios na exploração do homem, no ambiente capitalista, incomoda sobremaneira o poder econômico, de maneira a viver o Direito do Trabalho, sempre sob cerrado ataque das forças liberalizantes.
A perene e indispensável luta pela manutenção dos fundamentos do Direito do Trabalho é tarefa de que se devem encarregar operadores, estudiosos e juristas, para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, cujas bases não se firmarão sem a garantia de trabalho digno a todos.
Sobre os coordenadores :
Grijalbo Fernandes Coutinho é juiz do trabalho em Brasília e ex-presidente da Anamatra.
Hugo Cavalcanti Melo Filho é juiz do Trabalho do TRT da 6ª região. Diretor da Escola Superior da Magistratura Trabalhista da 6ª Região, em 1998. Professor substituto da disciplina Ciência Política com Elementos de Teoria Geral do Estado, da UFPE. Mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco.
Jorge Luiz Souto Maior é jurista e professor livre docente de Direito do Trabalho brasileiro na USP. É juiz titular na 3ª vara do trabalho de Jundiaí desde 1998. Formado na Faculdade de Direito do Sul de Minas. Mestre em Direito pela USP e doutor em Direito pela mesma Universidade de São Paulo.
Marcos Neves Fava é mestre em Direito do Trabalho pela USP. Juiz do Trabalho em São Paulo/SP.
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Eduardo Ribeiro, advogado da Fundação Arthur Bernardes – Funarbe, de Viçosa/MG
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