A proposta de delação premiada de um ex-secretário do ex-governador Beto Richa (PR) é das coisas mais estranhas de que se tem notícia. Primeiro, observe-se que o quase delator foi ameaçado de morte, e por isso foi à PGR para falar. Como Richa era governador, o caso estava em Brasília. Quando, enfim, resolve falar (segundo consta entregando documentos, recibos e contas no exterior), o governador deixa o cargo. E, segundo consta, a PGR, mesmo com farto material, resolve, inexplicavelmente, dar de ombros. Aliás, é a negativa da PGR que justifica o vazamento que se deu da delação.
Enfim, o fato é que a mídia resolveu se calar diante desse caso que pode ser escabroso, e que parece ter descido à 1º instância. O pretenso delator ainda está na Papuda, mas já tem bilhete emitido para a PF de Curitiba. E, para apimentar a nota, há quem diga que Moro procura um "Sérgio Cabral" para chamar de seu. Quem viver, verá.