Pílulas

Milk-shake político

Supostos ilícitos de Lula e contas da campanha Dilma/Temer questionadas.

14/9/2016

E por falar em jogo político, passado o impeachment, é hora de conversar. O petismo, que criou um jogo de amor e ódio, que fomentou o maniqueísmo, não fez nada diferente da cena geral política. Ou vai dizer que o PMDB está repleto de santos? Ou o PP, ou PTB, ou ainda, seu rival direto, PSDB? O quadro nefasto é geral e o jogo é viciado de cabo a rabo. As exceções podem até existir, mas só para provar a regra.

Nesse sentido, é claro que, supondo que o tal apartamento no Guarujá e o sítio em Atibaia sejam frutos de favores ilícitos, Lula deve ser punido. Mas isso, vamos e venhamos, é pixuleco diante das vultosas somas que se escuta.

Veja bem, leitor, ninguém aqui está defendendo. Ao contrário. Supondo ser verdade o ilícito, a punição deve existir, independentemente do valor. E, é compreensível que haja mais interesse midiático nestes bens, uma vez que a figura do ex-presidente atrai mais audiência.

Mas os migalheiros, sabidamente mais esclarecidos, não podem olvidar o resto que, pelo que se tem apresentado, é maior e mais incrustrado na vida política-empresarial. Mudar as peças no tabuleiro, simplesmente, não vai adiantar nada. É preciso continuar na catarse e na onda de mudanças. Se até o milk-shake de Ovomaltine mudou...

Santinhos e o pau oco

"Não faça esse tipo de generalização quanto aos males da política", irá nos advertir o desavisado leitor. Pois bem, vejamos. As contas da campanha Dilma/Temer estão sendo analisadas no TSE e podem gerar cassação de mandato do atual mandatário. Uma das despesas mais questionadas é relativa a uma gráfica que teria feito santinhos. A ela, a chapa Dilma/Temer pagou R$ 22 mi. Haja santinho...

Não fosse isso estranho, por si só, há notícia de que nem funcionário a empresa tem. Mas não é que a mesmíssima gráfica está na prestação de contas da chapa Aécio/Aloysio (R$ 577 mil) e do candidato ao Senado Serra (R$ 521 mil)?

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais