Impeachment no Supremo
Com tranquilidade e em um clima civilizado, o ministro disse aos acadêmicos que iria demonstrar porque, a seu ver, o STF não poderia arbitrar a disputa. E pôs-se a fazer um exercício dialético : primeiro, expôs de maneira veemente os argumentos a favor do impeachment ; em seguida, com o mesmo fervor, apresentou as razões de quem era contrário. E concluiu: "Como vocês podem perceber, esta não é uma matéria que possa ser resolvida em termos de certo e errado. Estar de um lado ou de outro é uma questão de escolha política. E fazer escolhas políticas não é papel do Supremo". Foi isso que se deu, de modo simples.
Mas um jovem jornalista, que estava presente no local, pegou a parte pelo todo e fez uma caca. Com efeito, separou um dos lados do raciocínio dialético, dando a entender que era o ministro que pensava daquela forma. Ou seja, não entendeu nada e ainda provocou paixões e ódios nas redes sociais. Enfim, é preciso ter juízo ao querer relatar um fato.