Primeira nomeação
Dizem os jornais que Temer já nomeou (falando de modo lato sensu) o AGU. Segundo os informes, seria o atual secretário de Segurança de SP, Alexandre de Moraes.
Ótima escolha, embora entendêssemos que o certo seria colocá-lo no ministério da Justiça. Com perfil jurídico-político, tem credenciais para ocupar a pasta na Esplanada. Se for para a AGU, porém, certamente será útil ao novo governo. O problema da AGU é que estamos a falar do maior escritório de advocacia do país, com imensas peculiaridades gerenciais, para não falar dificuldades. De modo que só para se assenhorear dos imbróglios internos já vai um bocado de tempo. E, num primeiro momento, tempo é o bem mais escasso para o novo governo, pois precisa dar respostas imediatas aos anseios populares.
Balão de ensaio
O estilo Michel Temer de usar a mídia para seus intentos políticos já vem sendo desnudado. Ele manda sinais para a imprensa, e fica acompanhando as repercussões. Ontem, por exemplo, quando Alexandre de Moraes ainda estava de pijamas, os informes já diziam que ele estava a caminho da casa de Temer. Com isso, as plumas do tucanato já começaram a se mexer em movimentos, pois ele é secretário de Alckmin e filiado ao PSDB. O futuro presidente, de camarote, acompanhou a repercussão. De modo que quando o secretário tocou o interfone, Temer já tinha um termômetro do que pensam os tucanos e a comunidade jurídica, sem nem sequer ter feito convite algum.