7 de abril é conhecido no calendário histórico brasileiro como o “Dia da Abdicação”. Com efeito, neste dia, em 1831, D. Pedro I, depois de enfrentar vários meses de angustiantes protestos, como a famosa “noite das garrafadas”, decide abdicar o trono em favor de seu primogênito, Pedro de Alcântara, depois D. Pedro II. No mesmo dia 7, o ex-imperador embarcou no navio inglês Warspite, deixando para sempre o Brasil. Ontem, também num 7 de abril, a presidente Dilma repetiu o gesto abdicatório, entregando o comando político do governo ao vice-presidente da República. Ao que se tem notícia, diferentemente de D. Pedro, não embarcou para lugar algum. Continua, pois, em solo pátrio.
Na falta de tu, vai Temer mesmo
A trapalhada governamental é de corar o mais inábil dos políticos. Entre idas e vindas, Dilma mostrou que o vice-presidente da República era uma segunda opção. E mais, nomeou alguém que ela não pode demitir. De fato, afora a atipicidade de pôr no comando político alguém estranho a seu partido, ela criou um problema eterno, pois o vice, como se sabe, não é demissível.