O futuro do Brasil e a advocacia empresarial
Armando Moraes*
Suas idéias carregam, assim, o peso de uma economia hegemônica. Egos à parte, porém, a obra vê com bons olhos os rumos da economia brasileira e aponta nosso País como uma potência do futuro. O relatório revela perspectivas, no mínimo, interessantes para economistas, empresários, políticos, diplomatas, cientistas sociais e advogados, já que a advocacia empresarial desponta com os novos negócios. O Relatório da CIA – Como será o mundo em 2020 foi lançado no Brasil pela Ediouro com apresentação de Alexandre Adler e introdução de Heródoto Barbeiro.
Segundo o relatório, "especialistas reconhecem que o Brasil é um país-pivô com sua vibrante democracia, uma economia diversificada e uma população empreendedora, um grande patrimônio nacional e sólidas instituições econômicas". Lembrou, porém, que para o Brasil ser um gigante da economia, teremos que aliar medidas econômicas inteligentes à responsabilidade ambiental e social, protegendo nossos recursos naturais e reduzindo as desigualdades sociais. A busca por investimentos diretos, pela estabilidade regional e integração da população marginalizada já trouxe bons resultados: a obtenção do grau de investimento pela Standard&Poor’s é um exemplo.
Naturalmente, a tendência revela um desafio, uma vez que, aumentando o fluxo de negócios internos e externos, com investimentos estrangeiros diretos, a demanda por escritórios especializados em advocacia empresarial aumentará. A necessidade de assessoria jurídica para o acompanhamento e orientação das diretrizes empresariais se fará presente especialmente pelo fato do endurecimento da legislação e da fiscalização dos entes públicos sobre os particulares.
O panorama para a advocacia empresarial até o ano de 2020 é promissor, com fundadas razões para mudanças no cenário nacional e local no tocante ao fluxo de serviços. Os escritórios terão que ir além da esfera jurídica: terão que profissionalizar a gestão para a criação de estratégias jurídicas avançadas e estudos práticos que se amoldem às necessidades cada vez mais prementes das empresas. Os operadores do Direito terão que fixar metas.
Investimentos maciços em tecnologia da informação, realização de treinamentos de competências interpessoais, onde os advogados e colaboradores possam trabalhar sua autoconfiança, melhorar habilidades de relações humanas, comunicar eficazmente, controlar as preocupações e o stress, bem como o exercício da liderança, complementam o rol. O advogado tem à sua frente o desafio de empreender para falar a mesma linguagem do mercado e sobressair-se nesse Brasil de 2020.
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*Advogado do escritório Imaculada Gordiano Advogados Associados
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