Esta pesquisa aprofundada, conduzida por mais de 80 diretores jurídicos na França, explorou o impacto da IA generativa na função jurídica e oferece insights sobre as atuais e futuras tendências da transformação digital dos profissionais jurídicos.
A digitalização como vantagem competitiva das diretivas jurídicas
76% das direções jurídicas intensificaram sua digitalização pós Covid, com uma maior adoção de ferramentas colaborativas como Teams, SharePoint e assinatura eletrônica.
Mais da metade dos projetos de digitalização em andamento ou planejados estão relacionados às ferramentas de Gerenciamento de Assuntos e Gerenciamento de Ciclo de Contratos, respectivamente 53% e 51%.
95% dos diretores jurídicos planejam digitalizar ainda mais suas direções nos próximos 3 anos.
Os 3 principais desafios da digitalização das direções jurídicas para os próximos anos são:
Gerenciamento de riscos contratuais com a implementação de ferramentas de automação de contratos, Conformidade e regulamentação desenvolvendo processos e ferramentas para lidar com um crescimento normativo exponencial,
Eficiência operacional através da IA, percebida como uma tecnologia poderosa, capaz de revolucionar as práticas atuais em todos os processos da direção jurídica, em relação às partes interessadas internas.
A maioria das diretivas jurídicas está envolvida nos projetos de IA generativa de suas empresas, desempenhando um papel estratégico e central 83% das empresas pesquisadas lançaram ou planejam lançar projetos de IA generativa para diversos casos de uso, especialmente nas áreas jurídica, de marketing, de recursos humanos, estratégica e de inovação.
64% das direções jurídicas pesquisadas estão envolvidas nos projetos de IA generativa de suas empresas.
Os diretores jurídicos identificam desafios chave como apoio à mudança, e a tríade essencial: confidencialidade, segurança, confiabilidade.
A "gestão de dados e conhecimento" e o "capital humano" são vistos como os pilares mais impactados pela exploração da IA Gen, exigindo treinamento contínuo e adaptação de habilidades:
A IA se torna um fator chave para retenção e atratividade de talentos.
A governança de dados é um pré-requisito essencial para a implementação da IA!
54% das direções jurídicas afirmam ter implementado políticas ou diretrizes para regular o uso da IA generativa, favorecendo assim a implementação de uma IA considerada responsável.
As diretivas jurídicas estão no centro da governança da IA, assumindo um papel de influenciador importante que vai além da mera supervisão.
Os principais impactos da inteligência artificial generativa na função jurídica incluem:
1. Automatização de processos:
A IA generativa pode automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor, permitindo que os profissionais jurídicos dediquem mais tempo a questões complexas e estratégicas.
2. Eficiência operacional:
A IA pode aumentar a eficiência operacional das direções jurídicas, ajudando a agilizar processos, reduzir erros e custos, e melhorar a produtividade geral.
3. Análise preditiva:
A IA generativa pode fornecer análises preditivas e insights baseados em dados para auxiliar na tomada de decisões informadas e na previsão de resultados legais.
4. Melhoria da qualidade:
Com a capacidade de processar e analisar grandes volumes de dados, a IA generativa pode contribuir para uma análise mais precisa, consistente e detalhada de questões legais.
5. Personalização e inovação:
A IA generativa pode ser utilizada para personalizar soluções jurídicas de acordo com as necessidades específicas de cada caso, bem como impulsionar a inovação em práticas legais.
6. Maior conformidade e segurança:
A implementação adequada de IA generativa pode ajudar as direções jurídicas a garantir a conformidade com regulamentações legais, reforçar a segurança dos dados e manter altos níveis de confiabilidade.
Esses são alguns dos principais impactos positivos que a inteligência artificial generativa pode trazer para a função jurídica, sempre para promover uma maior eficiência, precisão e inovação no campo do direito.
As implicações éticas do uso da IA generativa no âmbito jurídico são diversas e incluem:
1. Viés algorítmico:
A IA pode refletir e até mesmo amplificar os preconceitos existentes nos dados dos quais é treinada, resultando em decisões ou recomendações discriminatórias.
2. Transparência e responsabilidade:
A opacidade dos algoritmos de IA pode dificultar a compreensão de como as decisões são tomadas, levantando preocupações sobre quem é responsável por possíveis falhas ou decisões incorretas.
3. Privacidade e proteção de dados:
O uso de IA generativa no campo jurídico pode envolver o processamento de grandes quantidades de dados sensíveis, tornando essencial garantir a segurança e a privacidade dessas informações.
4. Confiança e confidencialidade:
É crucial assegurar que a confidencialidade das informações dos clientes e processos legais seja protegida adequadamente ao utilizar tecnologias de IA generativa.
5. Supervisão humana:
A supervisão humana contínua e a intervenção de profissionais jurídicos são fundamentais para garantir a precisão e ética das decisões tomadas pela IA, bem como para corrigir possíveis erros ou viés algorítmico.
6. Equidade e justiça:
O uso da IA generativa deve ser orientado por princípios de equidade e justiça, de modo a garantir que as decisões legais sejam imparciais e respeitem os direitos fundamentais dos indivíduos.
É essencial que as diretivas jurídicas estabeleçam políticas e diretrizes éticas claras para o uso responsável da IA generativa, promovendo a transparência, a equidade e o respeito aos direitos humanos no contexto jurídico.
Finalmente, a reflexão contínua sobre as implicações éticas é rigorosamente essencial para garantir que a IA generativa seja sim utilizada de forma ética e alinhada com os princípios jurídicos fundamentais.