Pesquisa da Interactive Advertising Bureau - IAB mostrou que 92% dos anunciantes consideram o conteúdo gerado por creators como premium, e 89% expressam como positiva a ideia de realizar alguma publicidade junto a esses criadores. Para as marcas, a parceria pode ter por objetivo a conversão (vendas, downloads, cliques) ou influenciar consumidores (fortalecimento da marca, posicionamento). Para os influenciadores, parcerias são a chance de tornar a autenticidade e credibilidade conquistadas em lucro, para além da monetização do conteúdo produzido.
Estudo da empresa de marketing Influency.me mostrou que em 2023 as marcas optaram por influenciadores que têm entre 10 mil e 500 mil seguidores. Segundo o estudo, cerca de 60% das marcas contrataram ‘sempre ou quase sempre’ influencers entre 10 mil e 50 mil seguidores e cerca de 50% fecharam ‘sempre ou quase sempre’ com perfis entre 50 mil e 500 mil seguidores.
Para 2024, a expectativa é que mais parcerias entre anunciantes e influenciadores sejam feitas, com uma tendência de fortalecimento dos influenciadores de nicho, por terem maior capacidade de conexão e influência com o público.
O mundo digital transformou-se em um vasto campo de influência, onde os influenciadores desempenham um papel significativo na moldagem de opiniões e comportamentos.
O impacto dos criadores de conteúdo na dieta informacional de milhões de pessoas, a influência nas decisões de compras dos consumidores e o relacionamento com as marcas anunciantes orientam as estratégias de marketing das empresas anunciantes.
Ocorre que muitas vezes essas parcerias são feitas de maneira informal, trazendo riscos tanto para a marca, quanto para o influenciador. Com o aumento da utilização influenciadores digitais em campanhas publicitárias, aumentou o número de casos levados à apreciação do CONAR por violação aos Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, envolvendo especialmente falta de identificação publicitária, publicidade problemática direcionada a crianças e adolescentes e responsabilidade social .
Para mitigar esses danos e proteger a reputação digital da marca e do influenciador, é importante formalizar as parcerias, estabelecendo a observância, por parte do influenciador, de políticas e práticas de compliance adotadas pelo anunciante, a aferição de resultados após a execução do contrato, o dever de confidencialidade, dentre outros aspectos relevantes da relação jurídico-comercial entre anunciantes e influenciadores.
A profissionalização da atividade é essencial para alcançar parcerias duradouras e lucrativas e que estejam em conformidade com normas regulamentares e legais, trazendo maior segurança jurídica para todos os envolvidos.