Com a vigência da LGPD surgiu o desafio de criar uma cultura de privacidade e proteção de dados dentro da empresa para garantir a conformidade com a LGPD, pois esta legislação vai além da mera necessidade de documentos.
A LGPD estabelece um guia para que as empresas tratem dados pessoais de forma correta e adotem práticas sólidas de proteção de dados, tornando a segurança da informação e o tratamento adequado dos dados pessoais elementos fundamentais da cultura empresarial.
A conformidade com a LGPD exige esforço contínuo para implementar medidas técnicas e administrativas que garantam o tratamento correto e mínimo dos dados, garantindo também a segurança da informação. Isso inclui a definição de políticas, a revisão de processos e a implementação de controles eficazes, integrando essas práticas nos procedimentos cotidianos da empresa.
Uma cultura de privacidade, portanto, significa promover uma consciência constante sobre a importância da proteção de dados em todos os níveis da organização. Desde a liderança até os funcionários de base, todos devem compreender o valor da privacidade e seu papel na garantia do tratamento ético dos dados pessoais.
Contudo, a resistência à mudança, a (in)compreensão dos requisitos da LGPD e a integração eficaz de medidas de governança representam alguns dos principais desafios ao implementar um programa de conformidade com a LGPD e uma cultura de privacidade.
Para superar esses desafios, é crucial contar com uma liderança comprometida, disposta a servir como exemplo e a destacar a importância da privacidade. Além disso, programas de treinamento contínuo das Políticas de Proteção de dados implementadas podem garantir que todos na empresa compreendam os requisitos da LGPD e saibam como incorporar práticas de privacidade em suas atividades diárias. Ainda, a avaliação e atualização constantes de políticas e procedimentos também são essenciais para manter a conformidade e fortalecer a postura da empresa em relação à proteção de dados.
Ao superar esses desafios, as empresas não apenas atendem às exigências legais, mas também constroem uma reputação sólida no que diz respeito à proteção de dados e privacidade.
A LGPD, embora não imponha a obrigatoriedade da implementação de um programa de governança em privacidade, reconhece sua importância como boa prática. A legislação direciona os agentes de tratamento a formularem regras de boas práticas e governança, considerando aspectos como transparência, mecanismos de supervisão e mitigação de riscos.
Em síntese, a implementação efetiva desse programa não apenas atende aos requisitos legais, mas também oferece vantagens significativas, como a criação de uma cultura de proteção à privacidade, estruturação contra vazamento de dados e aprimoramento da organização. No entanto, o desafio persiste na necessidade de manter o programa atualizado e efetivo ao longo do tempo, exigindo revisões periódicas, treinamentos contínuos e ações consistentes para lidar com riscos emergentes. A conformidade, portanto, não é um ponto de chegada, mas sim um processo contínuo de adaptação e melhoria.