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Grande concorrência na advocacia exige investimento ágil e estratégico

A adoção de tecnologia é essencial para empreender em qualquer área, facilitando processos, gestão e pagamentos. Na advocacia e no direito, a evolução das ferramentas com inteligência artificial demanda uma adaptação significativa no modo de trabalho.

28/11/2023

Investir em tecnologia, muito mais do que uma necessidade, tem se mostrado um verdadeiro pressuposto para quem deseja empreender, independentemente da área de interesse. Isso porque as ferramentas tecnológicas facilitam e agilizam tanto a maneira como se trabalha, com sistemas de gestão e programas específicos, quanto a forma de receber o pagamento dos clientes, com as contas digitais, máquinas de cartão, links de pagamento, entre outros.

Com a evolução das ferramentas que utilizam inteligência artificial e da consequente popularização de suas aplicações, tornou-se arriscado para os negócios simplesmente ignorar essa realidade, continuando a trabalhar da mesma forma que se fazia há poucos anos. Na advocacia e no segmento jurídico como um todo, por exemplo, as transformações no modo de trabalho são gritantes.

Primeiramente, a batelada de papéis dos antigos processos foi substituída pelo peticionamento digital. Hoje, as ferramentas baseadas em inteligência artificial são capazes de auxiliar no acompanhamento dos prazos processuais, notificação aos clientes, elaboração de modelos de petição, pesquisa de jurisprudência e muito mais, permitindo que o profissional atue de forma estratégica e com foco no crescimento do negócio, proporcionando mais atenção ao cliente.

Obviamente, chegando ao cerne da questão aqui tratada, todos esses benefícios, advindos de exigências do próprio mercado,em razão da grande concorrência, têm um custo considerável, que aumenta na proporção do que se pretende oferecer à clientela. E, nesse ponto, sabemos que nem todos estão financeiramente preparados para realizar tais investimentos de forma ágil e estratégica que o momento atual exige, entrando no dilema: buscar crédito e se endividar para investir ou esperar o dinheiro entrar e perder o “timing”?

Realmente, é algo a se analisar com cuidado. Entretanto, não é preciso reduzir as alternativas a apenas essas duas. Tanto advogados autônomos quanto escritórios de advocacia que já possuam processos com créditos judiciais fixados em sentença podem se valer da cessão de crédito judicial como forma de levantar recursos para fazer esses investimentos.

A antecipação de créditos judiciais é uma forma de obtenção de crédito mais vantajosa do que os produtos tradicionais oferecidos no mercado por bancos e financeiras. Além do deságio ser mais benéfico do que os juros aplicados sobre os empréstimos, o cedente não adquire uma dívida, em diversas prestações, já que o desconto é realizado no momento da assinatura do contrato e o dinheiro é disponibilizado em poucos dias aos contratantes.

Enfim, a falta de recursos financeiros não pode mais ser uma desculpa para a falta de investimentos com o objetivo de tornar um negócio mais ágil e alinhado com as tecnologias contemporâneas. Nem mesmo o medo de adquirir uma dívida por um empréstimo bancário deve ser subterfúgio, uma vez que a antecipação de créditos judiciais está disponível no mercado e se apresenta como alternativa vantajosa, oferecida por empresas especializadas, que proporcionam segurança e garantias para a efetivação da cessão de crédito.

Renata Nilsson
CEO e sócia da PX Ativos Judiciais | Consultora especializada em fundos de investimentos (FIDCs) e plataformas focadas na aquisição de créditos judiciais incluindo trabalhistas, cíveis e precatórios.

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