A ascensão da inteligência artificial trouxe consigo uma série de avanços revolucionários em diversas áreas, incluindo a advocacia. Ferramentas como o ChatGPT têm sido aclamadas como assistentes valiosos para profissionais jurídicos. No entanto, à medida que abraçamos essa tecnologia, é crucial também estarmos cientes dos riscos ocultos que ela pode representar para a prática jurídica.
Um dos perigos mais iminentes é a dependência cega nas respostas fornecidas pela IA. Advogados que confiam cegamente nas informações geradas por essas ferramentas podem se ver em uma situação delicada. A IA, por mais avançada que seja, está longe de ser infalível. Erros, informações desatualizadas e interpretações equivocadas são apenas algumas das armadilhas que podem aguardar aqueles que não exercem a devida vigilância.
A IA, incluindo o ChatGPT, é treinada por seres humanos e, como tal, pode conter viés humano em suas respostas. Isso significa que as informações geradas podem refletir preconceitos, opiniões ou interpretações dos programadores e usuários anteriores. Advogados que confiam na IA para pesquisa e análise podem inadvertidamente estar incorporando viés em seus próprios argumentos legais.
Outro risco é a perda da perspectiva humana na prática jurídica. A advocacia envolve não apenas a aplicação de leis, mas também a empatia, a compreensão das necessidades do cliente e a negociação. Se a IA assumir tarefas cruciais, como a redação de documentos legais, há o perigo de que a advocacia se torne impessoal e mecanizada, perdendo a sensibilidade humana necessária para lidar com questões legais complexas.
Utilizar informações geradas pela IA sem verificar cuidadosamente sua precisão pode levar a problemas legais e éticos. Em casos em que a IA gera informações falsas ou desatualizadas, advogados podem enfrentar sérias consequências legais e danos à reputação.
Embora a IA, como o ChatGPT, ofereça benefícios significativos à advocacia, é essencial reconhecer e mitigar os riscos associados ao seu uso. Os advogados devem usar essas ferramentas como auxiliares, não como substitutos, mantendo sempre a supervisão humana e a responsabilidade pela verificação das informações. Somente assim poderemos aproveitar os avanços tecnológicos enquanto preservamos a integridade e a ética da profissão jurídica.