Cuidar sozinha de um filho é uma tarefa árdua para qualquer mãe, especialmente para aquelas que são mães solo.
O valor do investimento de tempo que essas mulheres dedicam à criação de seus filhos é imensurável, mas frequentemente negligenciado pela sociedade e, principalmente, pelo Poder Judiciário.
Desconsiderar o capital invisível é uma questão ainda mais delicada quando atentamos para o fato de que a legislação brasileira proíbe o enriquecimento de qualquer pessoa, e outra coisa não se vê quando mães dedicam suas vidas, sonhos e projetos aos filhos, enquanto pais seguem a vida que querem, como querem, sem olharem para trás ao fim dos relacionamentos.
A falta de reconhecimento do trabalho não remunerado das mães solo pode acabar perpetuando essa situação, e por essa entre outras razões é fundamental refletir sobre como a valorização do capital invisível pode contribuir para uma maior equidade nas responsabilidades parentais.
Sob uma perspectiva de senso de justiça, é inadmissível que se desconsidere as repercussões negativas que a maternidade solo traz para os sonhos, projetos e evolução profissional das mães.
A tese do capital invisível, embora ainda pouco repercutida nas decisões judiciais, possui um fundamento jurídico sólido. Com base na Constituição Federal do Brasil, que estabelece a prioridade absoluta dos direitos das crianças e adolescentes, bem como a igualdade no exercício do poder familiar entre pai e mãe, é possível argumentar que o trabalho não remunerado das mães solo deve ser devidamente valorizado, e, mais do que isso, encarado como algo com valor monetário.
Reconhecer e valorizar o capital invisível das mães solo é uma medida essencial para promover a justiça social e a equidade de gênero. Além disso, essa valorização pode ter um impacto significativo na vida dessas mulheres, possibilitando uma maior conciliação entre maternidade e evolução profissional.
Ao levar em conta o investimento de tempo das mães solo na criação dos filhos, estamos contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.
Diante das reflexões sobre o capital invisível das mães solo, é crucial que essas mulheres se conscientizem do valor de sua dedicação e exijam o reconhecimento desse trabalho.
Só assim, gritando em prol dessa tese e sustentando nas ações judiciais, é que a mudança pode acontecer. É importante que a sociedade e o poder judiciário abracem essa perspectiva, garantindo que as mães-solo sejam devidamente valorizadas em suas lutas diárias.
Em conclusão, reconhecer o capital invisível das mães solo é um passo fundamental para uma sociedade mais justa e igualitária.
O investimento de tempo que essas mulheres fazem na criação dos filhos é inestimável e deve ser valorizado em todos os âmbitos da sociedade, inclusive pelo poder judiciário.
Ao abraçar essa perspectiva, estamos contribuindo para a construção de um futuro mais promissor para as mães solo e seus filhos, onde seus sonhos, projetos e evolução profissional sejam respeitados e apoiados.