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Engenheiro jurídico e as novas profissões na advocacia

As características do mundo tecnológico que estamos vivendo fez com que novas profissões surgissem na advocacia, cada vez mais rápido. Essa aceleração, mostra a necessidade de adaptação do mercado.

16/2/2022

(Imagem: Arte Migalhas)

Com o avanço tecnológico, novas profissões foram surgindo nas mais diversas áreas. Assim também, por óbvio, aconteceu – e acontece – no mercado jurídico.

Uma das profissões que surgiram nos últimos anos foi a de engenheiro jurídico.

Neste artigo, vou te explicar melhor, então, o que é esta profissão e porque ela é importante.

O que é um engenheiro jurídico?

Apesar do nome “engenheiro jurídico”, este profissional é responsável pela parte de conteúdo. No entanto, como o nome já sugere, em um sentido lógico de atuação. Chamamos esse tipo de atuação de conteúdo lógico-jurídico.

Alguns estudiosos os definem como uma fusão entre o programador e o advogado.

O que faz um engenheiro jurídico?

De maneira geral, os engenheiros jurídicos ou engenheiras jurídicas, analisam contratos e os transformam em linguagem de programação. Este será transformado pela máquina de uma maneira que o usuário compreenda.

Apesar disso, o profissional de engenharia jurídica poderá olhar para os contratos logicamente, sem as subjetividades do jurídico, e posteriormente, incluí-las na atuação. Ele faz, então, a ponte entre a equipe de tecnologia e os advogados e advogadas do escritório ou departamento jurídico.

Além disso, ele também é responsável pela inclusão de informações jurídicas e manipulação dos sistemas dos escritórios de advocacia.

Diferenças entre o engenheiro e o controller jurídico

Muitas pessoas confundem o engenheiro jurídico com o controller jurídico, afinal, ambos os profissionais tem responsabilidades com os sistemas. Mas a profissão é bastante diferente.

O engenheiro é o responsável, principalmente, pela automação, digitalização e uso de tecnologias no escritório de advocacia ou departamento jurídico. Já o Controller é focado nas gestão do escritório de advocacia ou departamento jurídico. Ou seja, ele apenas utiliza a tecnologia disponível em seu trabalho.

O que analisar antes de contratar um engenheiro jurídico?

Não é exatamente necessário que se tenha alguma formação específica para atuar como engenheiro jurídico. Mas, na hora de fazer a contratação é importante considerar se o profissional possui alguma experiência com a área de Lawtechs e Legaltechs, afinal, é nessas empresas que se tem contato direto com advocacia e tecnologia.

Não que ele precise programar, mas é importante entender a lógica por trás da tecnologia.

Inclusive, é importante observar, antes de fazer uma contratação, se o possível colaborador possui habilidades lógicas e pensamento analítico.

Benefícios de contratar um engenheiro jurídico

Esse profissional, além de atuar com a automação jurídica, também contribuirá para aumentar a agilidade na emissão de alvarás e licenças, além das menores taxas de negação para emissão dessas.

Ademais, o profissional da engenharia jurídica também contribui para a facilitação do entendimento entre sistemas e os profissionais da advocacia. Por exemplo, facilitando a leitura de contratos, para que os profissionais de tecnologia possam transformá-lo em linguagem de programação.

Mas não é só a engenharia jurídica que vem ganhando espaço e notoriedade no mercado lógico-jurídico. Diversas outras profissões surgiram há algum tempo e prometem dominarem o mercado em alguns anos.

Profissões lógico-jurídicas em ascensão

As características do mundo tecnológico que estamos vivendo fez com que novas profissões surgissem na advocacia, cada vez mais rápido. Essa aceleração, mostra a necessidade de adaptação do mercado.

Vamos, então, descobrir quais as novas profissões, além do engenheiro jurídico, que a área jurídica terá no futuro:

  1. Head de inovação
  2. Empreendedor de lawtech e legaltech
  3. Gerente de privacidade
  4. Legal Operations
  5. Arquiteto jurídico
  6. Analista de dados
  7. Compliance

Aline de Souza Pereira
Analista de Conteúdo do SAJ ADV. Graduanda de Jornalismo na UFSC.

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