Aprofundando os estudos em Criminologia, deparamo-nos com a série “Investigação Criminal” (2012), promovida originariamente pela emissora A&E, que certamente enriqueceria os estudos na matéria. Essa série conta a história dos casos criminais de maior repercussão no país. Assim, as histórias inspiradoras deste artigo foram: Irmãs Yoshifusa (Terceira temporada, Episódio três); Bianca Consoli (Segunda temporada, Episódio um); Liana Friedenbach (Segunda temporada, Episódio quatro), Mércia Nakashima (Primeira temporada, Episódio três), e Eugênio Chipkevitch (Segunda temporada, Episódio três).
Os casos citados acima mostram um comportamento em comum, como por exemplo “filha sai escondido com namorado e depois é morta”, “filha não tem coragem de falar pra mãe sobre assédio cometido pelo cunhado”, “filha não fala aos pais sobre assédio que sofreu de ex-namorado”, “filho denuncia estupro, mas não é ouvido pelos pais”, e outros mais.
Todos esses casos assemelham-se a falta ou falha de comunicação entre pais e filhos, o que gerou a indagação, objeto do presente artigo: até que ponto a comunicação poderia ter salvo a vida dessas vítimas? Até onde os filhos se sentem à vontade para conversar sobre determinadas situações delicadas com seus pais? Até onde os pais estão efetivamente ouvindo seus filhos?
Diante disto, realizamos uma breve pesquisa com 12 adolescentes, com faixa etária entre 12 a 17 anos, sobre o relacionamento familiar e escuta ativa, cujo resultado passamos a discutir.
A primeira pergunta realizada foi: “Como é seu relacionamento com seus pais?”. Dos doze pesquisados, todos informaram que têm um relacionamento bom com seus pais. No entanto, um dos entrevistados possui ressalvas quanto a um relacionamento saudável com o pai. Além disso, dois têm mais intimidade com a mãe do que com o pai.
A segunda pergunta foi: “Vocês fazem ao menos uma refeição juntos?”. Assim, dos doze participantes, apenas um não faz a refeição com seus pais, bem como que apenas um faz a refeição com seus pais esporadicamente.
Ato contínuo, 100% dos entrevistados responderam que têm o costume de conversar com seus pais.
Ademais, ao serem questionados se possuíam um diálogo aberto ou restrito, foi possível perceber que houve uma divisão nas respostas. Seis participantes informaram ter um diálogo aberto com os pais; quatro participantes têm alguma restrição; um entrevistado possui diálogo só com a mãe; e um não se sente confortável em dialogar com os pais.
De mais a mais, foi realizada a seguinte pergunta: “Vocês já tentaram dialogar? Alguma vez não deu certo?”. Dos doze participantes, quatro não tentaram um diálogo; dois já tentaram dialogar, mas não obtiveram êxito, uma vez que foram tentativas frustradas; dois tentaram diálogo e obtiveram êxito; e, por fim, dois não souberam opinar.
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