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Digitalização em massa é a carta na manga das assinaturas digitais

As vendas pela internet através de e-commerce e as buscas por alternativas para suprir o presencial passaram a ser a solução para quem buscou se manter em funcionamento durante a pandemia.

15/12/2021

(Imagem: Arte Migalhas)

Os avanços tecnológicos estão cada vez mais presentes na vida de todos, praticamente tudo é digital. No Brasil, a tendência é que as transformações sejam mais lentas e demorem para serem adotadas em larga escala.

Acontece que, com a pandemia de covid-19 no mundo, uma das principais formas de conter a expansão do vírus foi o distanciamento social, e, com ele, veio a necessidade de mudar a interação entre as pessoas do contato físico para o virtual. Por conta disso, houve uma forte aceleração da digitalização dos processos e das empresas (de todos os portes), que buscaram novas formas de reorganizar seus processos e continuar trabalhando, mesmo que com as portas fechadas.

As vendas pela internet através de e-commerce e as buscas por alternativas para suprir o presencial passaram a ser a solução para quem buscou se manter em funcionamento durante a pandemia. E, neste cenário, uma outra ferramenta veio à tona e atraiu os olhares de profissionais de diferentes áreas de atuação.

Com a ideia do "fique em casa" e com o home office a todo vapor, as assinaturas eletrônicas se tornaram uma ferramenta indispensável, seja para um advogado que precisa coletar assinaturas dos seus clientes, ou para o médico, passando uma receita ao paciente. E, o que ainda era uma tendência, começou a se tornar realidade.

Os profissionais começaram a perceber que, muito daquilo que foi - de certa forma - imposto ou impulsionado a partir das diversas regras criadas para conter a disseminação do vírus, economiza tempo, dinheiro e otimiza processos. Nestes aspectos, as assinaturas eletrônicas vêm sendo a carta na manga.

Ao invés de elaborar contratos em papel, longos, demorados, assinar receitas à mão e fazer os pacientes irem buscá-las, por que não agilizar este processo, transformando-o em digital? E o principal: com validade jurídica. Essa é a pergunta-chave.

A título de contextualização sobre o crescimento da digitalização dos processos ocorridos no período pandêmico, em 2020, houve um aumento de mais de 250% nas emissões de certificados digitais (um dos tipos de assinatura eletrônica) no país. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação mostra que, no último ano, mais de 5,3 milhões de certificados digitais foram emitidos. Estes números apresentam apenas uma parcela do crescimento do uso das assinaturas eletrônicas, já que apenas uma pequena quantidade delas envolve a utilização de certificados digitais.

As assinaturas eletrônicas fornecidas por empresas de tecnologia, permitem a assinatura dos mais variados tipos de documentos, com total validade jurídica, sem a necessidade de emissão de um certificado digital. E ainda por cima, a um custo extremamente baixo. O que justifica ainda mais a sua adoção meteórica durante o período de distanciamento social.

Sim, o avanço na adoção das assinatura eletrônicas é um claro sinal que as os negócios embarcaram de vez no processo de transformação digital, por pura necessidade, e o resultado mais provável é que isso seja apenas o começo de uma longa jornada na utilização de ferramentas (softwares em sua maioria) para o aumento de produtividade e diluição de custos.

Aliás, a maioria das transformações digitais alavancadas nos últimos anos certamente vieram para ficar. Ainda existirão os resistentes, mas uma grande parte das pessoas está cada vez mais integrada e familiarizada com elas. E as assinaturas eletrônicas fazem parte deste contexto. 

Getúlio Santos
Advogado e sócio da startup ZapSign.

Renato Haidamous
Advogado e sócio da startup ZapSign.

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