Fato é que existem severas críticas acerca do Sistema Previdenciário Brasileiro, e no que se refere à qualidade do atendimento do INSS, então, nem se fala, todavia, o direito à seguridade social é direito fundamental do indivíduo, formado pelo tripé: saúde, previdência e à assistência social.
Seguindo, o que tenho visto, é que o que você tiver que fazer que faça agora/hoje, seja na relação – cliente/advogado – seja, em qualquer outra relação da vida, tendo em vista que nunca mais vou me esquecer, de um atendimento que fiz na casa de uma senhora, relativamente, jovem, que era à provedora da família, que naquele dia dispunha apenas de feijão para alimentar à família no almoço, me pediu ajuda, dei-lhe o que tinha no momento, e nessa mesma madrugada ela teve um enfarte fulminante, vindo à óbito no mesmo instante.
Esse caso muito me marcou, mas, igualmente, já aconteceram vários outros, vez que advogar no direito previdenciário, lida-se, constantemente, com idosos, doentes, deficientes físicos e mentais, etc.
Então, é natural lidar com à morte de pessoas/clientes, o que me coloca em constante reflexão sobre à vida e seus mistérios. Me lembro de um dia, em que falava acerca dos direitos previdenciários para um grupo de pessoas, no interior do Estado, e o telefone de uma delas tocou, e veio à notícia do falecimento de seu ente querido, de forma que ela se deitou no chão, descontroladamente, e chorou a dor daquela perda, copiosamente, e, eu no exercício da minha profissão, me deitei no chão com ela, a abracei em silêncio.
Ali não existia mais a Gisele advogada, existia apenas uma pessoa, tentando ajudar a outra. Fraternidade!
O restante do meu dia foi de pura reflexão e agradecimento ao Governador Espiritual, pela oportunidade de trabalhar, de poder, minimante, ajudar os usuários do direito previdenciário, muitos baixa renda, que vivem desses benefícios assistenciais do governo.
Um dia desses recebi uma crítica estranha de uma pessoa que me disse: “você tem pensamentos esquisitos”, isso porque, eu falava com ela, sobre a necessidade do olhar empático. Veja!
O direito previdenciário, por intermédio do BPC/LOAS, benefício por incapacidade temporária (auxílio-doença), benefício por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez), auxílio-maternidade, pensão por morte, aposentadoria por idade rural (principalmente para os trabalhadores rurais), reabilitação profissional, etc, leva esperança, e dignidade para muitos, diminuindo à pobreza e desigualdades sociais, que repousa no ideário do bem-estar e justiça social, em face do Estado Democrático Direito.
Contudo, nem sempre tais direitos são reconhecidos de imediato, ficando o segurado no limbo previdenciário, surgindo o advogado, que é indispensável à administração da Justiça, sendo o responsável direito para garantir e legitimar a realização dos direitos sociais fundamentais, de acordo com o que estabelece à Carta da República Federativa do Brasil.
A verdade, é que o mundo lá fora e muito cruel com algumas pessoas! A vida é cheia de acontecimentos, imprevisíveis, incertos e inesperados. Por isso, temos que mergulhar fundo em busca de entendimento, não podendo nos livrar da leveza de viver também para fora, sendo certo que cada pessoa tece à sua própria versão acerca das vicissitudes da vida.
Embora, se lida com situações dramáticas e histórias chocantes de pessoas que não têm amparo algum, ser advogado previdenciarista é muito gratificante, vez consegue levar aos desamparados, alimento, saúde, segurança, liberdade, ordem econômica, expectativa e confiança, de acordo com os princípios da inclusão social.
De maneira, que não dá para viver ilhado nos seus próprios pensamentos, sem olhar para lá, criando conceitos de certo e errado, e pior, achado que o errado é o certo, como fez parecer aquele alhures que me criticou, até porque a vida não nos é entregue em kits personalizados como nas procurações ou petições iniciais, sendo o dia de amanhã, uma verdadeira e assustadora incógnita.
O que acontece com o outro, que possa vir a te interessar?