A comunicação corporativa é a arte de integrar ferramentas de comunicação. E está entre elas, a assessoria de imprensa. Há empresários que não dão a mínima importância para a solicitação de uma entrevista. E uma boa imagem pode ajudar a abrir caminhos nos mais diferentes campos de atividade empresarial. Mercados, financiamentos, preferência de clientes, investidores, apoios políticos.
Nos dias atuais, nas organizações mais modernas, a comunicação está na mão do presidente que cuida diretamente da imagem que projeta ao mercado. Em muitas organizações, o departamento de RH e de Marketing caminham juntos porque a depender dos resultados que colherem, estará não apenas os lucros, mas o futuro desse negócio.
O porta-voz, em um patamar superior, fazendo uma analogia aos tempos de Maquiavel, em que a essência da atividade política é a ocasião, é aquele que sabe escolher o melhor momento. Sabe organizar as informações e lidar com o tempo adequado, cenário e enxergar o futuro, essas serão algumas de suas qualidades para a função. É importante que nesse trabalho de comunicação todos tenham a visão do timing para o melhor horizonte das tratativas e não deixem que os acontecimentos se sobreponham.
É de extrema importância que o porta-voz se reúna com os jornalistas para trocar ideias sem interesse de divulgar nada, para manter o bom relacionamento e com frequência para bate-papos, em tempos calmos, em que possam nascer boas informações para futuras reportagens. A conduta do porta-voz é determinante para a imagem da empresa.
E tem uma história antiga “da grama do vizinho” que é uma boa analogia a arte de conceder entrevistas. Estavam dois amigos admirando o verdor da grama que inundava e inebriava os jardins de uma festa, e um inglês disse ao anfitrião: “Como o senhor faz para ter esse tipo de grama. A minha é bem cuidada, mas perto dessa, não brilha e fica bonita desse jeito”. “Ah é muito simples”, respondeu o anfitrião. “Tem que preparar bem a terra”.
Semear e regar bem, e depois podar, e tornar a podar, podar sempre”.
“Nada mais”?, indagou o convidado.
“Bom, mas tem de cultivar por 500 anos”....Cultivar o hábito de conceder entrevistas. Ter uma boa equipe para o desenho dessa estratégia e acompanhamento constante. E a forma mais eficaz é se relacionar com os jornalistas, atendê-los e não se deixar intimidar.