Penso, que a comemoração deste Dia do Advogado, no ano de 2021, nos leva a seguinte reflexão. Qual será o destino daqueles profissionais que não se alinharem as novas regras e novidades advindas da inovação da chamada revolução 4.0?
Faço tal provocação, principalmente àqueles advogados, que como eu, vêm do tempo da máquina de escrever, as quais, muitos dos acadêmicos do direito e que se formaram no século 21; sequer sabem da existência e da aparência destas ferramentas, outrora utilizadas.
Naquela época, nos anos 80, quando me formei em 87, tudo o que dispúnhamos era uma folha de papel, no formato A4, um papel carbono para a cópia e uma máquina de escrever Olivetti ou Facit; sendo que toda e qualquer peça que fossemos redigir ou datilografar, tínhamos que iniciar sempre do básico EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ...., ou seja, não existia o Ctrl+C (copia) e Ctrl+V (cola). Ainda, caso quiséssemos citar uma jurisprudência, deveríamos ler livro por livro, olhar o índice remissivo e, quando achávamos um texto que nos servia, tínhamos que datilografar tudo para nossa peça. Na verdade, não tenho saudade deste tempo.
Já nos dias atuais, tudo mudou. Os processos físicos estão em vias de extinção, temos e-proc, sites, audiências virtuais, toquem, certificação digital, blockchain, ferramentas de gestão de escritórios, aplicativos, o “tio Google” está aí para dar acesso ao conhecimento e ferramentas jurídicas a todo e qualquer advogado ou, até mesmo, a qualquer pessoa leiga no assunto e por aí vai.
Enfim, todo e qualquer advogado que não seguir a onda da inovação e não se aperceber que a tecnologia transformou o mundo do Direito e os escritórios em verdadeiras empresas, estará fadado ao fracasso e a “aposentadoria’’ compulsória, quem sabe, precoce. Como se diz por aí, “pedras que não rolam, criam limo”. Aos pares, um ótimo dia, comemoremos o Dia do Advogado.