Vivemos em um mundo muito diferente do que vivíamos há 10 anos e que foi a verdade por décadas. Vivíamos em um mundo mais lento, tranquilo e previsível, onde poucas pessoas tinham capacidade de enxergar o futuro e determinar os caminhos e comandar a empresa naquela direção. Com o movimento do mercado se tornando mais rápido e acelerado, com a concorrência vindo de todos os lados e o cliente com mais poder e escolha e com vontades diferentes, ninguém mais se mata pelo chefe e sim pelos seus objetivos.
Por esse motivo, tornou-se necessário repensar a forma de gerir e engajar os times, utilizando-se de estrutura menos hierárquicas, mais horizontais, conectadas com o cliente e, o mais interessante, com capacidade de reagir ao mercado com mais velocidade. E o Partnership é o melhor dos modelos para que as empresas consigam criar incentivos e estimular os seus parceiros a caminharem na direção de evoluir, melhorar e desenvolver soluções que tornem as empresas mais fortes e mais preparadas para enfrentar novos tempos.
Tal modelo de gestão - que é utilizado por inúmeras empresas bem-sucedidas, dentre elas a Ambev, XP Investimentos, Goldman Sachs, e BTG Pactual - estimula funcionários a buscarem resultados para a companhia, a fim de estarem aptos a serem sócios num futuro próximo e, consequentemente, terem parte desse sucesso da empresa pago em percentual societário. Na valorização que é dada à empresa no seu crescimento, todos conseguirão captar essa valorização. É uma lógica que fará o time inteiro jogar em uma dinâmica muito interessante de acompanhar. Todas as pessoas que possuem habilidades diversas e complementares e tem uma capacidade de dar valor, entregar e fazer a empresa ficar mais forte, podem ser sócios.
A Partnership é um excelente meio para reter talentos e evitar perder bons funcionários para concorrentes. Além disso, estimula a cultura de dono e a produtividade dentro da empresa. Afinal, todos passariam a querer se tornar sócios e ter uma participação sob o patrimônio. Os parceiros precisam entender que alcançar essa colocação depende de uma combinação de alta performance e postura adequada, passando por pontos como: Postura, sócios devem ter postura de dono, liderando e se fazendo respeitar; Comprometimento, alto nível de desempenho, foco em autoconhecimento e forte senso de responsabilidade; e Alinhamento, as pessoas não precisam pensar igual, mas é fundamental compartilhar a visão do negócio, ter os mesmos objetivos, e agir de acordo com tudo isso.
As regras a serem estabelecidas e os documentos necessários para essa estruturação, no entanto, dependerão de cada empresa – e é até necessário que seja assim, visto que se trata de uma estrutura que deve ser feita sob medida, para atender às necessidades específicas do caso.
É imprescindível que se aborde as condições que serão utilizadas para convidar um funcionário a fazer parte da sociedade, qual o cálculo para identificar o valor que será pago pela participação, quando um sócio poderá ser excluído e como isso será feito e, não menos importante, quais as condições dessas quotas vinculadas ao Plano de Partnership. Se bem desenhado, esse modelo de negócio é muito benéfico para a empresa e pode afetar diretamente no engajamento dos profissionais de sua equipe e nos resultados da sua empresa.