A petição é o documento que se utiliza para a comunicação com o juiz. É certo que ela deve ser redigida de forma clara, expondo todos os fatos, trazendo o direito através da legislação e jurisprudência, definindo os pedidos e o valor da causa.
Entretanto a elaboração de uma petição é uma arte, que necessidade de raciocínio lógico, criatividade e conhecimento jurídico. Não é demais ressaltar a necessidade de boa formatação, fonte correta e utilização de papel com fundo branco para não atrapalhar a leitura do magistrado e das partes.
Dentro dos processos nos deparamos com petições carentes dos requisitos que mencionei, de difícil compreensão, desafiando a elaboração da defesa, ou ainda, sequer apreciada pelo magistrado, culminando no insucesso processual.
Muitas vezes são petições copiadas da internet, ou devido ao grande volume de serviços que o escritório ou departamento jurídico possui fica praticamente impossível a análise dos casos e elaboração da peça processual. Já vimos muitos casos de fatos e fundamentos totalmente alheias ao caso concreto.
Nesse sentido é fundamental a elaboração de petições de forma artesanal, com análise dos documentos e redigidas adequadamente.
As petições automatizadas não devem ser descartadas, pois no contencioso em massa que recebem processos com a mesma matéria é possível a utilização das peças automatizadas, porém é fundamental que haja a devida análise sobre o caso e a conferência da petição.
Concluindo, as petições artesanais são extremamente necessárias e devem ser elaboradas para casos específicos e escritórios que não possuem demanda em massa. Em contrapartida, no caso de bancas advocatícias e departamentos jurídicos com contencioso em massa, as petições necessitam ser automatizadas, porém jamais deverão ser simplesmente geradas por software, mas sim merecem as devidas revisões.