Acompanhando a história, temos relatos de que o mundo viveu cinco grandes pandemias, tivemos a gripe espanhola, peste bubônica, cólera e varíola, após todas elas ocorreram transformações nas regiões afetadas e reflexos na vida das pessoas durante anos.
Tivemos muitos relatos de especialistas quem o mundo poderia enfrentar novas pandemias, porém em todos os locais haviam pessoas que não acreditavam, que isso ocorreria em pleno século XXI.
No final de 2019 e começo de 2020 começamos a receber informações sobre a existência de um vírus devastador que estava matando em massa em várias regiões do mundo, começa uma corrida contra o tempo para conter essa disseminação, ocorre então uma mudança na rotina da população do mundo, inclusive alterando o direito de ir e vir, com controle de horários para as pessoas saírem de suas residências e inclusive a orientação de que não é ideal encontrar com familiares e amigos próximos, mantendo apenas contato com pessoas que residem na mesma casa.
Inicia as mudanças em nossas rotinas e os impactos em todas as famílias do mundo, o medo toma conta da população e os números assustam, causando pânico e desespero em milhares de pessoas.
Dentro deste cenário começamos a observar o quanto as mulheres foram totalmente afetadas. Durantes a pandemia o reflexo na vida da mulher foi tamanho e após um ano, pesquisas nos trazem dados que comprovam o quanto a vida de milhares de mulheres poderão sofrer interferências, que podem ser ainda mais devastadoras e duradoras.
No Brasil, pesquisas apontam que, no primeiro semestre de 2020, ocorreu uma queda superior a 32% em furtos em todo o pais, porém um aumento de feminicídio, violência doméstica e o abuso de álcool que pode resultar em vários tipos de violência parar as mulheres. Acredito que com números não reais, devido muitas mulheres, por vários motivos, não denunciarem o que vivem dentro de suas residências.
Bem, ainda temos o grande aumento de responsabilidades das mulheres com os lockdowns, afinal temos crianças estudando de forma remota, sem poder frequentar áreas de lazer e nem mesmo ir para casa de seus avós ou demais familiares, as mulheres trabalhando home office ou pior, sem emprego e com a renda familiar reduzida ou até mesmo zerada.
Todo esse cenário, presente na vida de milhares de famílias, pode causar grandes alterações emocionais, como está a saúde mental de muitas mulheres?
Essencial abordar e desenvolver materiais para esclarecer e auxiliar, as mulheres sobre a saúde mental. Devemos ouvi-las, entender e permitir ou facilitar que ocorra mecanismos para reorganizar, reestruturar e até mesmo ressignificar os seus sentimentos e emoções que foram totalmente alterados e estão influenciando as suas rotinas e todas as suas relações, sem contar os reflexos em todas as áreas.
Sem saúde mental, torna – se difícil ter estrutura para novos projetos na vida pessoal, profissional e social.
Ainda temos um cenário delicado, porém é possível realizar algumas atitudes para começar a vivenciar emoções e sentimentos satisfatórios.
Segue algumas sugestões:
Tenha alguns minutos do seu dia ou da sua semana para você;
Faça uma caminhada, leia um livro ou revista, assista uma série ou filme ou apenas se permita ficar sem fazer nada;
Evite passar o dia de pijama;
Separe um cantinho da casa e permita que o seu filho brinque, muitas vezes ele não entende o que está ocorrendo e precisa brincar;
Cuidado, entenda que nem sempre é possível tudo ficar organizado;
Em caso de trabalho home office, arrume um espaço, pode ser um cantinho na mesa e coloque o seu material de trabalho, logo ao final do expediente coloque tudo dentro de uma caixa ou tire do seu raio de visão;
Faça pausas para as refeições e tome bastante água;
Mantenha-se informada, porém cuidado com os excessos;
Quando perceber que está triste ou ansiosa, escute uma música, tome um banho, sorria, cuide de uma planta, faça uma culinária e se afaste do celular por um tempo.