Após as eleições nos Estados Unidos, tivemos uma série de notícias em diversos veículos que tornaram esse momento bastante confuso. A principal razão foram as denúncias de fraude do presidente Donald Trump, alegando que a vitória foi dele. No entanto, essas informações causaram um grande conflito na sociedade e isso não é o ideal, até porque já existe uma grande polarização entre os partidos. Mas é claro que cada pessoa tem a sua própria percepção dos fatos, que vão de encontro aos seus valores e criações.
Por esse motivo, passei muito tempo estudando bastante esses processos, com base em fontes que são realmente confiáveis, como o Departamento de Justiça e de Estado, que estão cientes de todas as investigações. Mas é preciso dizer que fica cada vez mais difícil acompanhar esses acontecimentos, já que o atual presidente vem criando novos processos diariamente, com novas teorias.
No dia 2 de dezembro o Secretário de Justiça, William Barr, deu uma declaração confirmando que não foi encontrado sinal de fraude que fosse capaz de alterar os resultados da eleição americana. Pelo contrário, em alguns dos Estados em que houve a recontagem de votos, Trump acabou levando ainda menos votos em comparação a Joe Biden. É certo que houve fraudes, afinal não é possível controlar milhões de eleitores de forma impecável.
Mas essa investigação gerou esse resultado, fazendo cair por terra a teoria da conspiração alegada desde o início do ano. Além disso, Barr também disse que não encontrou embasamento para a maioria dos processos que o presidente e sua defesa alegam tais fraudes.
Mas algo que vale ser mencionado é que Donald Trump é o presidente, ele tem ao seu lado o FBI, a CIA, o Departamento de Inteligência e todos os órgãos capazes de monitorar atitudes fraudulentas. Se desde a preparação para as eleições havia certeza de que isso aconteceria, porque não utilizar os meios para evitá-las? Porque ele não tomou as medidas de precaução? De certa forma, ele permitiu que a suposta fraude teoricamente acontecesse. Mas eu vou explicar a razão para essas alegações.
Os últimos seis presidentes americanos, entre democratas e republicanos, houve um total de 317 acusações criminais federais, das quais 215 são somente de Donald Trump. Então, já dá para ter uma ideia do tamanho do problema que ele vai enfrentar. Enquanto ele continuar como presidente, está protegido de acusações criminais e não precisa responder por elas e é por isso que ele quer permanecer na Casa Branca, uma vez que muitos desses crimes prescrevem em cinco anos.
Transparece o medo de ter que responder por essas acusações, entre elas as de sonegação fiscal do imposto de renda. Um dos casos é relacionado ao recebimento de restituição equivalente a 100 milhões de dólares que não deveria ter ocorrido, e somente deste processo ele teria que devolver o dobro para o IRS. Estima-se que a dívida de Trump relativa a sonegação chegue na casa dos $ 400 milhões e esse crime é levado a sério nos Estados Unidos, podendo levar à prisão. Lembrando que há outras 214 acusações, o que pesa ao dizer que ele foi roubado nas urnas.
O mundo fica completamente instável diante dessas informações. Diversos profissionais dos mais variados países tem um discurso parecido: nunca viram qualquer coisa parecida com as decisões de Trump nos últimos anos, especialmente na questão de imigração, pois parece que foi alguma mágoa pessoal. A própria esposa dele, Melania, é uma imigrante. Assim como seus sogros, que ganharam a documentação baseada no casamento deles.
Na última estratégia, quando ele percebeu que realmente a história de fraude não ia funcionar, porque não há provas, ele pede que todos os residentes ilegais dos Estados, sejam excluídos do censo, como se aquelas pessoas deixassem de existir nesses locais. Mas por que? Pois quanto mais habitantes tem um determinado lugar, maior é o número de votos no colégio eleitoral. Um exemplo é a Califórnia, que tem um grande número de habitantes e, portanto, de delegados que transferiram seus votos para Joe Biden.
De todo modo, transparece que Trump quer permanecer na presidência de toda forma, e por motivos que vão além da eleição. Isso é perigoso porque o povo não tem acesso a essas informações, e em muitas mídias, principalmente as privadas, como o YouTube, as pessoas que consomem o conteúdo abraçam determinadas ideias como verdade absoluta e, em alguns casos, são teorias conspiratórias, relatos que não são reais.