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Você conhece todos os robôs que já operam no Judiciário brasileiro?

As novas tecnologias, sejam de automação ou geradas a partir da inteligência artificial, trouxeram até os dias de hoje inúmeros benefícios. Além disso, o ecossistema de inovação em volta do Direito mudou a maneira do advogado ganhar notoriedade, sendo assim, passa a ser necessário estar atento em como se alinhar a esta nova fase.

27/3/2020

Incluir tecnologia na rotina virou realidade para muitas áreas, inclusive a jurídica. O reflexo desse avanço, em um mercado tão tradicional, é o surgimento de robôs que, dentro do Judiciário brasileiro e rotinas dos advogados, visam facilitar o dia a dia da Justiça e consiga fazer com que o processo seja realmente ágil.

O surgimento dos robôs inteligentes modifica a forma com que os resultados são entregues para o cidadão, mas muitos advogados temem que isso represente o fim da profissão. Entretanto, neste cenário, o importante é observar novas oportunidades de atuação, com métodos que vêm para auxiliar as profissões e não excluí-las.

Tecnologia na Justiça 

Dentro do Judiciário, com a utilização de automação e inteligência artificial, o processo se torna mais eficiente e assertivo, e esses robôs apresentam diversas maneiras de ajudar. Alguns exemplos são: 

Robôs no Judiciário brasileiro

Para descongestionar os tribunais e facilitar a vida dos juízes, alguns robôs foram implementados no Judiciário brasileiro. Confira alguns que já se encontram em operação.

Pôti - No TJ/RN, foi criado recentemente, entre 2017 e 2018, este robô que é utilizado para realizar a execução fiscal e penhora de bens. Comparando sua efetividade com atividades de um humano, o robô efetua um bloqueio a cada 35 segundos, enquanto um servidor realiza 300 durante todo o mês. 

Elis - No TJ/PE, a robô Elis realiza triagem de processos de execução fiscal, que totalizam 53% de todas as ações que estão em trâmite em Pernambuco. Enquanto a triagem manual de 70 mil processos leva em média um ano e meio, Elis analisa pouco mais de 80 mil em 15 dias.

Radar - No TJ/MG, o Radar ajuda magistrados a localizar casos repetitivos e juntá-los em grupos. O intuito deste robô é fornecer recursos para auxiliar casos na primeira instância, apresentando casos similares que já estejam pré-definidos.

Sinapses - Desenvolvido no TJ/RO, o Sinapses faz uso de redes neurais e possui um banco de dados com 44 mil despachos, sentenças e julgamentos, e seleciona decisões anteriores sobre o mesmo tema. Tem sido uma ferramenta que auxilia na elaboração de textos.

Victor - No STF, Victor foi criado para separar e classificar peças processuais, além de sugerir passos do processo para o magistrado. Com sua execução, houve uma queda de 60% no tempo de trâmite das ações.

As novas tecnologias, sejam de automação ou geradas a partir da inteligência artificial, trouxeram até os dias de hoje inúmeros benefícios. Além disso, o ecossistema de inovação em volta do Direito mudou a maneira do advogado ganhar notoriedade, sendo assim, passa a ser necessário estar atento em como se alinhar a esta nova fase.

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*Camila Amaral é analista de Marketing Júnior na Advise. Responsável pela produção de conteúdo relacionado à tecnologia e Direito, com o intuito de gerar valor para o advogado.

 

 

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