Em meio ao aumento de casos de febre amarela pelo país, brasileiros que vão viajar para o exterior precisam ter em mente a documentação relativa às vacinas exigidas por alguns países. O documento mais relevante diante deste cenário é o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), emitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O Certificado comprova a vacinação contra doenças, entre elas a febre amarela, conforme definido no Regulamento Sanitário Internacional. Atualmente, cerca de 135 países exigem o documento.
Com emissão gratuita, o CIVP é feito nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante, vinculado à Anvisa e localizado em portos, aeroportos e fronteiras. O Certificado também é emitido em unidades credenciadas do Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares igualmente credenciadas. Vale lembrar que os postos da Anvisa apenas emitem o certificado, contudo não aplicam as vacinas.
Os documentos para o requerimento do certificado são a carteira de vacinação e um documento de identificação como a Carteira de Identidade (RG), o Passaporte e a Carteira de Motorista válida (CNH). A certidão de nascimento é aceita apenas para menores de 18 anos e a população indígena que não possui documentação está dispensada da apresentação de documento de identidade. Para acelerar o atendimento, o interessado deve realizar um pré-cadastro em um portal da Anvisa, ao clicar na opção ''cadastrar novo''. É obrigatório estar com a Carteira de Vacinação, que comprove a vacinação com registro contendo nome completo, nome da vacina, data da vacinação, fabricante, lote da vacina e nome e assinatura do vacinador.
Entretanto, em comunicado recente emitido pela Anvisa, os brasileiros que pretendem realizar viagens internacionais só receberão o documento se tomarem a dose padrão da vacina contra febre amarela (0,5 ml), exigida internacionalmente por meio de convenções entre os países. O comunicado faz referência à campanha de vacinação emergencial com a dose fracionada (0,1 ml), que começa a partir de 3 de fevereiro em populações dos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, atualmente, os interessados no certificado podem esperar até 3 meses para obter o documento, em estados mais populosos como São Paulo. O período é referente ao intervalo entre o agendamento e a emissão do CIVP. No centro do aeroporto de Congonhas, o agendamento só está disponível a partir de 4 de abril, por exemplo. Em estados menores a espera está estimada entre 1 e 5 dias.
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*Camila Régis é responsável pelo marketing da Aliança Traduções.