Nesse contexto, a adoção de temáticas diversificadas na grade curricular dos cursos jurídicos é a alternativa encontrada para melhor preparar os profissionais diante dessa nova realidade. A oferta de disciplinas focadas em gestão administrativa e de pessoas, marketing e finanças, por exemplo, pode ajudar a estimular características intraempreendedoras em novos profissionais de Direito.
O especialista em gestão de bancas Mario Esequiel fala sobre a importância da modernização e da inovação na gestão dos escritórios de advocacia em sua coluna Minuto da Gestão. Na visão do especialista, os escritórios mais conservadores que não adotarem práticas modernas no gerenciamento das principais atividades da banca estão fadados ao insucesso. Por isso, é cada vez mais exigido a criação de um ambiente favorável à inovação.
Ao incentivar o intraempreendedorismo entre a sua equipe de profissionais, as bancas podem se beneficiar de diversas formas. O profissional intraempreendedor é proativo e atua como se fosse sócio do escritório, propondo melhorias e direcionando esforços para alcançar os resultados estipulados.
Promovendo o intraempreendedorismo na gestão de escritório de advocacia:
Para promover o intraempreendedorismo é importante avaliar primeiro se há a necessidade de estruturar um novo modelo de gestão de escritório de advocacia. Afinal, é preciso criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de profissionais com características intraempreendedoras. Só assim torna-se possível estimular o colaborador a empreender dentro da empresa, fazendo com que ele sinta-se à vontade para sugerir melhorias nos procedimentos internos, analisar cenários e buscar oportunidades para inovar.
Criar programas que incentivem o colaborador a conquistar o espírito intraempreendedor, pode fazer com que ele consiga trazer para dentro da empresa ideias disruptivas. O uso de ferramentas tecnológicas, como um software jurídico, também contribui para que os profissionais tenham uma visão mais ampla da organização, assim como para atuarem de forma mais produtiva e econômica.
Pelo fato do intraempreendedorismo influenciar na satisfação do colaborador, ajudando a reter talentos e otimizar recursos, o escritório pode conquistar um diferencial competitivo ainda maior diante da concorrência e gerar valor agregado ao serviço jurídico.
Características do profissional com perfil intraempreendedor:
Com o crescimento expressivo do número de profissionais atuantes, ter um diploma de graduação e especialização já não é o bastante para se destacar. Segundo dados do Cadastro Nacional dos Advogados (CNA), há cerca de 1 milhão destes profissionais ativos no Brasil. Isso faz com que as empresas busquem cada vez mais por pessoas que tragam soluções inovadoras para seus problemas e sejam proativas, ou seja, que tenham um perfil intraempreendedor.
Confira os principais mandamentos do intraempreendedor, apresentados por Gifford Pinchot - especialista em intraempreendedorismo e responsável pela introdução do termo no Brasil:
• Trabalhe em equipe, o intraempreendedorismo não é uma atividade solitária;
• Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua descrição de cargo;
• Seja leal à suas metas, mas realista quanto às maneiras de atingi-las;
• Honre e eduque seus líderes.
O profissional intraempreendedor precisa encontrar espaço dentro da organização para se expressar, assim como deve ser constantemente estimulado para propor soluções e novas ideias aos problemas identificados na gestão de escritório de advocacia. Dessa forma, além de obter insights valiosos, ele passa a ter autonomia necessária para colocar em prática as soluções apontadas.
Por isso, é de fundamental importância que os gestores comecem a direcionar os seus esforços para promover treinamentos. Essa qualificação irá proporcionar o desenvolvimento e crescimento profissional, e também poderá ser revertida positivamente para os resultados do escritório a médio e longo prazos.
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