As instituições financeiras globais estão sendo desafiadas por ex-banqueiros que vislumbraram a oportunidade de utilizar a experiência e a relação com os clientes para formar uma grande força, capaz de movimentar bilhões de dólares em transações corporativas.
O que esses profissionais especializados em fusões e aquisições estão fazendo é estabelecer as suas próprias “butiques de investimentos”, para através delas aproximar empresas que buscam a troca de ativos.
Essas butiques chamam a atenção porque, como bancos de investimentos menores, não sofrem com a burocracia dos grandes bancos, não necessitam alcançar elevadas posições no ranking das maiores instituições e não são forçadas a vender serviços cruzados, como financiamentos e derivativos.
Sendo menores, as butiques se limitam a funções mais especializadas, fornecendo orientação de alto nível e, muitas vezes, trabalhando com bancos de investimentos tradicionais para ofertas de financiamentos e de ações.
Para o professor de finanças David Stowell, da Northwestern University, às vantagens acima descritas somam-se outras, como as menores quantidades de agendas sobrepostas e de conflitos de interesses.
Diante de tantas vantagens, a proposta das butiques para atrair clientes torna-se bastante simples. A promessa de atenção total de negociadores experientes é o discurso necessário e suficiente.
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Fonte: Valor Econômico | Bloomberg News
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* Erik Souza é estagiário do 5º ano de Direito do escritório Angélico Advogados.