E após...
Jayme Vita Roso*
“E qui sta la differenza tra tanti intellettuali e la gente coraggiosa. Non basta sapere per cambiare vita. Occorre la forza del domani, il coraggio e la temerarietà dell’ignoto del cammino della fede”.
GianCarlo Bregantini1
Creiam-me, sobressaindo a necessária e a indeclinável franqueza-sinceridade, dei-me, a vocês, na totalidade. Ciente, sobretudo, de minhas limitações, compensei com o esforço, na elaboração dos artigos, as deficiências redacionais e temáticas elegidas.
Não me propus a aconselhá-los, mas, qual a estrela, indicar-lhes alguns aspectos, que reputei relevantes, que a vocês mereceriam ser lembrados. Não lhes trouxe novidades, mas recordações do que estudaram e que, pelos estímulos das tarefas diárias, foram colocadas à parte, fora das suas cogitações ou preocupações.
Fui severo comigo mesmo, daí, por não ter abdicado de comprar, no mundo ocidental, as obras que mencionei, ou as que, por falta de tempo, não lhes proporcionei conhecer. Pelo custo delas, pela dificuldade de acesso a línguas estrangeiras, pelos intrincadas temas, sou constrangido a admitir que essas barreiras se sobrepõem aos seus interesses e às suas inquietações. Assim, embora lamuriando, coloquei de lado o aprofundamento da auditoria jurídica, uma pesquisa fundamental sobre PPP que, pela curiosidade, levou-me a Londres, para participar de um seminário e levantar dúvidas sobre essa modalidade negocial; a investigar as modificações da lei antitruste; a repropor um modelo moderno de democracia digital; a conclamar, com sólidos fundamentos, a imperiosidade de ser mudado o Estatuto dos Advogados e a estrutura administrativo-funcional da OAB e assim por diante.
Minha gratidão ex corde a Miguel Matos por acolher-me e dar-me tanto espaço e tanta oportunidade em Migalhas.
Registro a inestimável colaboração dos amigos que trabalham em Migalhas, Marcela Sousa, permanente contato, e Guilherme Rodrigues, encarregado dos trâmites para a publicação do livro, que enfeixará os artigos, e revisor de minha revisora. Além deles, a incansável Vanessa Moraes Ávila, que me suportou na disposição de meus garranchos (escrevo tudo à mão), a Julia Choueri Sordi e Ademir Massayoshi Takara, como estagiário de Biblioteconomia, na busca e rebusca dos livros e publicações.
Se certa feita escrevi sobre Charles Aznavour, encerro, na esperança de novos reencontros, pois, como ele, “j’aimerais garder longtemps encore les yeux ouverts”2
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Notas
1BREGANTINI, GianCarlo. Gli alberti dell’anno. Padova: Edizioni Messaggero Padova, 2004. p. 15.
2Entrevista do artista em Moscou a Luc Castel e Thomas Pignot, publicada na revista Point de Vue nº 2986, Paris, 12-18.out.2005, p. 42-47. A expressão citada é o título do artigo./?
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*Advogado do escritório Jayme Vita Roso Advogados e Consultores Jurídicos
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