Migalhas de Peso

Cada semana tem a sua sexta-feira

Partindo desse provérbio hebraico, o escriba montou um questionário para seus estagiários1 refletirem e pensarem. Sobretudo, para tentar induzi-los a ocupar, com dignidade, o seu lugar dentro da sinfonia do mundo em que vivem. Tal qual um ramo de salgueiro ou de bambuzeiro, vergado pelos anos, ou pelos ventos, abrir-lhes as janelas da vida.

22/11/2005


Cada semana tem a sua sexta-feira


Jayme Vita Roso*


Partindo desse provérbio hebraico, o escriba montou um questionário para seus estagiários1 refletirem e pensarem. Sobretudo, para tentar induzi-los a ocupar, com dignidade, o seu lugar dentro da sinfonia do mundo em que vivem. Tal qual um ramo de salgueiro ou de bambuzeiro, vergado pelos anos, ou pelos ventos, abrir-lhes as janelas da vida.


Pensar, pensar e pensar sempre, ou, dentro de um questionamento, em si discutível, ou questionável mesmo depois de elaborado, é o mote.


Para o escriba, nada melhor do que os ditos e as palavras dos judeus para colocar o homem nos seus eixos. Com palavras sábias, o fez Victor Malka, docente da famosa Universidade Paris-Nanterre, filho de rabino, com esse texto: “Aprende-se a arte do comportamento humano e da vida em como se tornar conhecedor da humanidade. A sabedoria ‘como olhar salutar sobre as vicissitudes do mundo’. Saber viver na realidade do próprio tempo. Como privilegiar a moral com relação aos desejos.Também como controlar os próprios impulsos, ter a resposta justa e a reação adequada” 2.


Reunidos em minha sala, numa tarde primaveril, com o sol no poente, ao longe, incendiando o céu com um vermelho opaco, dirigi-lhes a palavra, lembrando com um agradecimento a disponibilidade em me atender, mas incitando-os à reflexão sobre si mesmos, sobre esta época, sobre a profissão, sobre o semelhante etc..


Os jovens atuais me intrigam. Habituados às máquinas, à Internet, às informações on-line, ao relativismo, ao descartável, aos sons de centenas de decibéis, à negação do absoluto, ao amor consumado antes de ser desejado, à representação sensorial e subliminar. Como estímulo, têm o consumo do supérfluo ou do impossível, mas desejável; em regra, vagueiam ou acabam surfando na vida. Ela não é vivida para si, ou quando não ocorre, na maioria das vezes, carrega o egoísmo ou mal-estar, resultantes da incessante competição. É a regra da concorrência, diante da inexorabilidade desse monstro que se chama mercado, com todas as honras. Estar no mercado, conhecer o mercado, pesquisar o mercado, respeitar o mercado, nada mais se afigura como se sentir “in”, para aproveitar de uma ocasião em que ele, o mercado, propicie-lhes o fruto da árvore proibida, sem pecado ou sem remorso.


A tábua do questionário não tinha propósito de escrutinar a vida privada, particular de cada um, nem era mandamental como a mosaica. Visava a uma rápida reflexão sobre si.


Em razão dessa proposta, que, lamento informar, não foi discutida previamente, mas compulsória, todos responderam e um deles foi escolhido como relator. Consciencioso, procurou sintetizar as idéias de todos, numa resposta, enquanto isso foi possível; quando não, literalmente, enunciou-os, quiçá porque a questão era subjetiva e não concedia a oportunidade de generalizar o particularíssimo. Isso ocorreu após uma semana da reunião inicial, naquela tarde de primavera morna, que recorda as pinturas de Júlio Diniz, nos romances campesinos na lusa pátria. Sem, é claro, o bucolismo, porque a visão do céu de um prédio de escritório, no 21° andar, não tem a sensibilidade da pastoral enternecedora.


Permito-me trazer os textos redigidos pelos acadêmicos-estagiários:


1. Que significa estágio? Por que se pede o estágio? Você está de acordo que seja obrigatório?


O estágio é uma forma de aprendizado complementar, significa colocar em prática a teoria aprendida na faculdade. O estágio é pedido como forma de estimular o estudante a conhecer o caminho profissional que escolheu; a formar um profissional apto a atuar no mercado de trabalho. Em relação à obrigatoriedade do estágio, as opiniões divergem: metade é a favor e metade, contra. Os que se posicionam a favor da sua obrigatoriedade argumentam que a faculdade não é formadora de um profissional completo. Já os que se posicionam contra fazem-no em relação àqueles que não pretendem seguir a carreira jurídica.


2. Como escolheu a profissão de advogado?


Sinto-me inapto a resumir a opinião de todos os estagiários do escritório, uma vez que a pergunta induz a uma experiência muito pessoal. Seria roubar o brilho da individualidade de cada resposta. Por isso, transcrevo cada uma delas:


a) “A advocacia sempre foi uma paixão desde pequena, olhava as pessoas e suas injustiças, conflitos e me perguntava o porquê de tudo isso e se havia uma forma de solucionar e ajudar esse próximo, com o tempo foi ficando mais forte essa vontade e, aí, optei pela profissão e sou feliz”.


b) “Grande parte da minha família seguiu a carreira jurídica. Isso, sem dúvida, foi importante no momento da minha escolha, já que, desde pequena, sempre participei de conversas polêmicas, o que me fez obter um interesse cada vez maior pelo Direito. Outro aspecto, que também influenciou, foi o fato de que sempre gostei de trabalhar com pessoas, seus problemas e suas dificuldades, tanto que fiquei em dúvida entre Psicologia e Direito. Acabei optando pela carreira jurídica, pois vi que, através dela, posso atuar de maneira mais concreta, com resultados mais efetivos”.


c) “Foi por acaso. Nunca me vi como advogado, pois sempre acreditei que seria engenheiro. Cursei um ano de Mecatrônica, abandonei o curso e, depois, cursei três anos de Química na Universidade de São Paulo, mas também abandonei o curso. Então, fui trabalhar no Instituto Nacional de Seguridade Social. Ali, conheci e aprendi a gostar do Direito. Prestei vestibular e aqui estou, um quase advogado”.


d) “O fator determinante foi a amplitude de atuação do advogado”.


e) “Na verdade escolhi por exclusão, pois me formei no colegial muito novo, sem amadurecimento suficiente para fazer uma opção consciente sobre o futuro da minha vida profissional”.


f) “Durante o colégio, tinha muitas dúvidas sobre qual profissão escolher. A partir disso, procurei escolher uma área com a qual me identificasse. Então, decidi que seria Humanas. Dentre as diversas profissões existentes, escolhi o Direito, por exercer o advogado uma função pública, o que permite estar mais próximo da sociedade, dos problemas das pessoas”.


3. Há quanto tempo está fazendo estágio? Quais os benefícios alcançados e quais os prejuízos?


As respostas em relação ao tempo em que se faz o estágio oscilaram entre um e cinco anos. Os benefícios citados estão relacionados, principalmente, à possibilidade de se optar claramente pelo caminho profissional a ser seguido, já que é na prática que reside a segurança necessária para a escolha. Os prejuízos citados incluem, especialmente, a falta de tempo para os estudos, além do cansaço causado pelo acúmulo dos estudos.


4. Sem dizer o nome da sua Faculdade, você acredita que seu curso lhe dará uma base sólida para, concluído o estágio, poder iniciar a carreira?


Dos seis estagiários do escritório, quatro responderam não à pergunta proposta, e dois sim, argumentando que é o aluno quem faz a faculdade.


5. Quais são suas ambições como advogado, ou não pretende ser praticante?


Com exceção de um estagiário, todos os outros pretendem atuar, ao menos inicialmente, como advogados, alguns com vistas, posteriormente, ao Ministério Público ou Magistratura.


6. Que você lê? Você acha necessário que o advogado deva saber expressar-se ou deva ser erudito? Há diferença entre ser culto e ser erudito? Qual, se houver?


As leituras vão de jornais e revistas até leitura clássica, passando, obviamente, pela literatura jurídica. Houve uma unanimidade de opiniões em relação à necessidade do advogado saber expressar-se. Quanto ao fato de ser erudito, houve discordância: uns entendem que há a necessidade e outros, não. Apesar de pequenas variações na forma como foram entendidos os termos erudito e culto, todos argumentaram que há uma diferença: erudito é aquele que tem vasto e variado conhecimento, obtido através da leitura, e o culto é aquele que tem um conhecimento mais direcionado, independentemente de leitura.


7. Você pretende ser atuante na sociedade ou no meio em que vive? Já o é? Por que (sim/não)?


Todos reconhecem a importância de serem atuantes na sociedade ou no meio em que vivem, como forma de exercício da cidadania e ajuda ao próximo. Apenas uma estagiária já atua como voluntária em projetos de cunho social.


8. Você seria capaz de transgredir sua consciência, subornando alguém? E se o seu cliente solicitasse, sob ameaça de deixar que patrocinasse os interesses dele? Você já enfrentou esse tipo de problema?


Apesar da maioria não ter vivenciado uma situação destas, todos foram enfáticos quanto ao fato de não transgredirem os valores em que acreditam, mesmo sob a ameaça do cliente.


9. Você é afiliado a algum partido político?


Nenhum dos estagiários é afiliado a qualquer partido político.


10. Que é preciso para diminuir a exclusão social? Você sabe o que é isso e por que existe no Brasil?


A maioria foi enfática quanto à educação, porém uma educação de boa qualidade, que permita ao indivíduo se formar como um verdadeiro cidadão e poder usufruir e lutar pelos direitos que lhe são constitucionalmente conferidos. Um estagiário não se sentiu habilitado a responder a respeito de uma resolução definitiva para a diminuição da exclusão social.


Depois de lidos e comentados os textos, em se cuidando de opiniões pessoais, cada uma refletindo a de um autor, muito bem organizadas por Otávio Camarinha, seu relator ad hoc3, decidimos que o esforço mereceria um almoço, nos próximos dias.


Escolhi o Restaurante La Bourse, localizado no 9° andar do Edifício Bovespa, na rua XV de Novembro, antigamente ocupado pelo Banco do Commércio e Indústria de São Paulo S.A.


Nas artes plásticas, Evandro Jardim parte, nos seus inspirados trabalhos, do fato para atingir ao símbolo. Copiei-o. No local onde está o dito restaurante, exatamente ali, no antigo edifício, há 53 anos, o escriba iniciava seu ingresso na carreira, como estagiário, ainda calouro. Como preceptores e atuantes profissionais, o filho Lauro Muniz Barreto e seu pai, septuagenário, Luiz Egas Muniz Barretto de Aragão – bom baiano, como gostava de lembrar-se e ser lembrado.


Pois lá, também acompanhados pela advogada Glória Suzuki, com quem terçam4 o dia-a-dia, iniciei a falar como começara a escrever esse artigo. Relembrei Malka e seu livro atraente. Como estávamos à mesa, outro veio-me à mente, de Orlando Rudder, publicado em maio de 2005, pela celebradíssima Larousse, com o título “In Vino Veritas”5, na verdade um pequeno dicionário comentado de expressões de origem latina. Num átimo6: o livro de Rudder foi encaixado pela Larousse na coleção: “Le Souffle des Mots”, ou, em vernáculo, o sopro das palavras. E seu livro diferencia-se do de Malka, porque cada expressão é acompanhada de um comentário – breve, médio ou longo para a sua finalidade. Só que o de Malka foi agrupado por atos e fatos do cotidiano, do homem e da mulher, de sentimentos, de Deus, de Israel, do tempo e, como não escaparia, da vida e de sua contraposição7, a morte.


Enquanto eu dizia, internamente, refletindo a introspecção8 momentânea no semblante, um agradecimento a Deus por me proporcionar tanta ventura9, tanta felicidade interior, começaram a servir o vinho que ordenara. Depois do brinde, que fizemos em hebraico – em homenagem à vida; em francês – à saúde; e em italiano – num viva a tudo, antes de servirem, passei a cada um dos participantes duas folhas, nas quais transcrevi o que mais de apropriado, a meu entender, poderia dar aos jovens universitários dessa profissão arrebatadora, que é a advocacia. Nelas, reportei algo do livro de cada um daqueles autores. Pedi-lhes que lessem, se possível em silêncio, para aproveitar e, quiçá, até vivenciar os axiomas, ou as expressões, porém, em suas casas. O local e a ocasião, onde nos encontrávamos, eram inadequados. Como pai, sem ser patrão, recordei que o silêncio é propício à reflexão, lembrando um belga, Marc de Smedt, autor de uma jóia literária, intitulada “Elogio del Silenzio”, como a li em italiano.


Continham as folhas, bem impressas, com a insuperável qualidade do trabalho da também acadêmica de Direito Vanessa Moraes Ávila.


“Querido(a) Colega,


No recôndito10 do local onde você escolher para ler e meditar sobre o que lhes trago, que é, não resultado da minha inteligência, menos ainda da minha criação, mas produto da sabedoria milenar desse ser fantástico, único, que é o homem, oriundo da vontade de Deus.


Do livro de Orlando Rudder:


1- Fugit irreparabile tempus (o tempo passa inelutavelmente11).


“Que sabemos nós do tempo, senão que ele passa? Nós o sentimos passar, nós vivemos o tempo sem poder defini-lo” (p.118).


2- Habent sua fata libelli (os livros têm seu destino).


“Publicar um livro é jogar uma garrafa no mar. Ou ainda acompanhar um vôo de vampiros: secos, sedentos de sangue, que se espalham ao azar, à busca dos leitores (Michel Tourrier), porque ‘os livros têm seu destino’, pois alguma vez o nome do livro é conhecido, emprega-se quotidianamente, mesmo quando se esquece a existência, a utopia” (p.134-135).


3- Labor omnia vincit improbus (o trabalho sério triunfa sobre tudo).


É o universo do poeta Virgílio12, nas Geórgicas (1,144) (p.176).


4- Ominia vincit amor (o amor triunfa sobre tudo).


Também de Virgílio, nas suas Éclogas (X,69).


Rudder comenta: “Brevemente, amor omnia vincit, e mesmo a razão que gostaria que se renunciasse a exaltar o sentimento pernicioso que não possa ser a justificativa para todas as escravidões, de todas as formas (mal configuradas). A tal ponto que todas as revoluções tentaram tomar seu lugar, colocando em debate o casamento. Mas, desde que não conseguiu perdurar, o casamento foi restabelecido. Virgílio conhecia outra coisa que o amor para triunfar, sobretudo, de forma similar: O trabalho sério triunfa sobre tudo. O que significa que ‘um trabalho opiniâtre13 triunfa de tudo!’ Que dizer, então, do amor ao trabalho?” (p.176-221).


5- Tarde venientibus ossa (os que chegam tarde à mesa não encontram outra coisa que não sejam ossos).


“Provérbio latino: essas palavras se empregam figuradamente para significar que é preciso tomar cuidado de não abandonar um bom negócio por negligência ou por esquecimento. O próprio sentido parece evidente” (p.278).


Deste carrefour14 de melancolia, passemos à tradição judaica. Aqui, no livro de Malka, adoto outra sistemática: direta, sobre cada tema.


Assim:


a) Sobre ele e ela: “Melhor viver em dois que viúvo”; “É mais fácil aplacar o homem que a mulher”; “Honra sua mulher, porque a bênção reina na casa de um homem somente graças à sua mulher”; “Não há hóspede mais autêntico do que o convidado pela mulher”; e “O filho? É, segundo você o ensinou. O marido? É, segundo você o habituou” (p.29-46);


b) Sobre a sociedade, a solidão: “Ninguém sabe que coisa esconde o coração de seu vizinho”; “Faz-se uma lei somente com a condição que a maior parte das pessoas possam observá-la”; “Uma panela que pertence a muitos não é nem fria nem quente”; “Não se separe da tua comunidade”; e “Não viva em uma cidade onde não há verde” (p.106-112);


c) A justiça e a opressão. “Pereça a alma daqueles que recebem propina”; “Os falsos testemunhos? Mesmo os que os pagam, os desprezam”; “Assim vai o mundo: os lobos matam os carneiros”; “Como você fizer, lhe será feito; as suas ações cairão sobre sua cabeça” e “Os perversos são escravos do próprio coração, enquanto que os justos dominam o próprio” (p.125-137);


d) O tempo e a eternidade: “Não existe perda maior do que a de tempo”; “O canto abre as portas do céu. A melancolia15 o fecha”; “Aquele que crê de haver acabado, é acabado ele mesmo”; “Todos os rios desembocam no mar, e, mesmo assim, o mar não está cheio”; “Adolescência e juventude são estações efêmeras”; “O Messias virá somente quando estarão desaparecidos das fileiras de Israel, juízes corruptos e maus policiais”; “Os milagres não ocorrem em qualquer momento” e “O tempo é o melhor conselheiro” (p.223-228).


Retorno ao almoço. Chega ofegante Mauro Caramico, como sempre. Como sucessor no escritório, de fato, assumiu porque lhe dei o bastão. Com dedicação, brilho, ética e competência, tem se distinguido, pelo próprio carisma. De mim, como um pai, como para um filho, quero deixar o que, sabiamente, se lê no Sanhedrim 105,b: “O pai não inveja o filho, nem o professor o próprio aluno”.


Gentilmente, ele convocou a todos, depois do café, servido às pressas, para os expedientes forenses. E se foram.

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Notas bibliográficas:

1Os estagiários são: Anna Carolina Bicudo de Albuquerque Araújo (FMU), Carolina Ferreira Freitas (FMU), Carlos Henrique Souza da Rocha (Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo), Emmanoel Alexandre de Oliveira (Mackenzie), Otávio Camarinha (PUC) e Rodrigo Jesus de Lima Batista (Mackenzie).

2MALKA, Victor. Ogni settimana ha il suo venerdì. Milão: Paoline Editoriale Libri, 1996. 236 p.

3Como ensina o famoso Legal Thesaurus Dictionary, a expressão latina ad hoc significa “para esse caso específico ou somente para esse propósito” (tradução do escriba). In STATSKY, William. Legal Thesaurus Dictionary. Saint Paul: West Publishing Company, 1986. p. 24.

4O verbo transitivo terçar significa “lutar a favor”. In AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. V. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 3.935.

5RUDDER, Orlando de. In vino veritas. Paris: Larousse, 2005. 302 p.

6Átimo significa “num átomo, num instante”, segundo Caldas Aulete. In Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. I. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 435.

7O substantivo feminino contraposição tem o sentido de “ação de contrapor; posição, disposição em sentido contrário”, como esclarece Caldas Aulete. In Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. II. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 931.

8Introspecção, ainda de acordo com explanação de Caldas Aulete, significa “exame do interior”. E mais, segundo Houaiss: “reflexão que a pessoa faz sobre o que ocorre no seu íntimo, sobre suas experiências; observação e descrição do conteúdo (pensamentos, sentimentos) da própria mente”. In Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. III. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 2.220. E Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.

9Caldas Aulete esclarece que o substantivo feminino ventura tem o sentido de “sorte ou fortuna boa ou má; acaso”. In Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. V. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 4.193.

10O adjetivo recôndito tem o significado de “oculto, retirado, encoberto”. In AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. IV. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 3.434.

11Inelutavelmente significa “de modo inelutável”. E, ainda, à guisa de maior esclarecimento acerca do verbete e seu significado: “inelutável: diz-se da coisa com que se luta em vão; invencível, irresistível; inevitável; irrefutável; irrespondível”. In AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. III. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 2.170.

12Publius Vergilius Maro, 70 a.C. a 19 a.C., conhecido como Virgílio, foi um poeta romano. Sua obra mais conhecida é Eneida. Foi considerado ainda em vida como o grande poeta romano e expoente da literatura latina. Seu trabalho foi uma vigorosa expressão das tradições de uma nação que urgia pela afirmação histórica, saída de um período turbulento de cerca de dez anos, durante os quais revoluções seguiram-se a revoluções. Nasceu em um vilarejo perto de Mântua de uma família pobre. Estudou Filosofia e Retórica com grandes mestres em Roma, e passou a freqüentar os círculos intelectuais da cidade. Protegido do ministro Mecenas, que se tornou seu patrono, torna-se o poeta oficial do imperador Augusto. Em algumas de suas obras, como Bucólicas e Geórgicas, utiliza elementos da cultura helênica e trata com freqüência da nostalgia da vida do campo. Para atender a uma encomenda feita por Augusto, que quer dar uma origem nobre ao Império Romano, faz a Eneida. Nessa obra, narra a viagem do troiano Enéias, encarregado pelos deuses de lançar na região do Lácio a pedra fundamental de uma cidade sagrada, Roma. Leva cerca de dez anos para escrever Eneida e morre antes de considerá-la totalmente terminada. Classificada por críticos como sentimental, melancólica e muito bem construída, sua poesia influencia muitos autores da Idade Média. In <_https3a_ _virgc3ad_lio="" wiki="" pt.wikipedia.org="">

13Opiniâtre significa “obstinado, pertinaz; perseverante, persistente”. In ROUSÉ, Jean e CARDOSO, Ersílio. Dicionários Bertrand Francês-Português. [s.l.]: Bertrand Editora, 1986. p. 568.

14De origem francesa, o verbete carrefour significa “encruzilhada”. In ROUSÉ, Jean e CARDOSO, Ersílio. Dicionários Bertrand Francês-Português. [s.l.]: Bertrand Editora, 1986. p. 137.

15Melancolia tem o sentido de “tristeza, desgosto, pesar profundo”. In AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5ª ed., vol. III. Rio de Janeiro: Editôra Delta S/A, 1964. p. 2.565.
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*Advogado do escritório Jayme Vita Roso Advogados e Consultores Jurídicos










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