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A formação do advogado americano – Parte 6

12/9/2011


A formação do advogado americano – Parte 6

De todas as atividades extracurriculares à disposição de um aluno de direito americano, a que lhe confere mais prestígio é trabalhar para o Law Review da faculdade ou para o Law Journal.

1) Law Review – É um periódico jurídico (Law Journal) generalista lido por acadêmicos e profissionais do direito. Em regra, tratam de matérias jurídicas variadas e os gêneros textuais abordados vão desde artigos assinados por estudantes de direito a análise de decisões judiciais (case comments) e resenhas (book reviews). Quase todas as faculdades de direito possuem um Law Review cuja periodicidade pode ser bimensal, trimestral ou semestral.

Exemplos:

- Harvard Law Review - (clique aqui)

- Stanford Law Review - (clique aqui)

2) Law Journal – É um periódico jurídico especializado lido por profissionais do direito (legal practitioners) e acadêmicos (scholars) interessados em determinada área do direito. É comum haver mais de um Law Journal em uma faculdade.

Exemplos:

- Oxford Journal of Legal Studies - (clique aqui)

- European Journal of International Law - (clique aqui)

Embora ambas as publicações sejam conjuntamente denominadas Journals, vale ressaltar que o prestígio de pertencer ao Law Review é bem maior que o de participar dos Law Journals.

Os alunos que conseguem fazer parte da equipe editorial (journal staff member) precisam dedicar tempo considerável à tarefa.

Os alunos de segundo ano (2L) geralmente trabalham entre 10 e 20 horas por semana como revisores de bibliografia e jurisprudência (case citing), entre outras funções de menor destaque. Por outro lado, espera-se também que escrevem artigos com orientação de professores (note writing).

Apenas os alunos do terceiro ano (3L) podem ocupar os cargos de editor, editor chefe e redator, cuja carga horária é de cerca de 30 a 40 horas por semana!

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Colunista

Luciana Carvalho Fonseca é professora doutora do Departamento de Letras Modernas (DLM) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) e da pós-graduação em Tradução (TRADUSP). Fundadora da TradJuris - Law, Language and Culture e autora dos livros "Inglês Jurídico: Tradução e Terminologia" (2014) e "Eu não quero outra cesárea" (2016).