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A formação do advogado americano – Parte 2

15/8/2011


A formação do advogado americano – Parte 2

Durante a faculdade de Direito nos Estados Unidos, o aluno costuma estudar em tempo integral.

No primeiro ano, também chamado de 1L, os alunos seguem uma grade (course schedule) de matérias básicas incluindo: Torts (Responsabilidade Civil), Civil Procedure (Processo Civil), Criminal Law (Direito Penal), Contracts (Direito dos Contratos), Property (Direito Real), Constitutional Law (Direito Constitucional) e Legal Research and Writing (Pesquisa e Redação Jurídica).

Com exceção da última matéria, que inclui tarefas a serem entregues ao professor e corrigidas, as demais exigem "apenas" leitura. É muito comum os alunos terem cerca de 100 páginas de leitura por dia para enfrentarem as discussões durante as aulas no dia seguinte. A única forma de realmente acompanhar as aulas é realizando as leituras!

O que mais assusta um aluno de 1L é o fato de sua nota depender de apenas uma prova ao final de cada disciplina. É muito comum os alunos não receberem nenhum tipo de feedback durante todo o período e, ao final, terem que realizar uma única prova cujo resultado representará seu desempenho total.

Além disso, como a American Bar Association (ABA) determina que os alunos de Direito tenham, pelo menos, 450 horas de aula por ano, a frequência é importante e pode afetar a sua nota final de forma automática. Um alto índice de faltas pode até mesmo impedir que o aluno realize a prova final.

Após o primeiro ano (2L e 3L), quando o aluno passa a ser chamado de upper-class student, ele tem a possibilidade de escolher disciplinas que adotam outros métodos de avaliação como participação em classe, trabalhos escritos, etc.

Na semana que vem, falaremos um pouco dos dois anos seguintes. Até lá!

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Colunista

Luciana Carvalho Fonseca é professora doutora do Departamento de Letras Modernas (DLM) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) e da pós-graduação em Tradução (TRADUSP). Fundadora da TradJuris - Law, Language and Culture e autora dos livros "Inglês Jurídico: Tradução e Terminologia" (2014) e "Eu não quero outra cesárea" (2016).