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O uso do hífen em palavras compostas no inglês jurídico

28/3/2011


O uso do hífen em palavras compostas no inglês jurídico

Na língua inglesa, as palavras compostas podem ser classificadas segundo a forma de:

a) Fechadas: formadas por justaposição ou aglutinação

Exemplo: counterclaim, schoolchildren

b) Abertas: formadas por palavras separadas

Exemplo: trier of fact, prima facie case

c) Hifenizadas: formadas por hífen

Exemplo: hit-and-run accident, cross-examination

Na coluna de hoje, abordaremos alguns exemplos do uso de substantivos compostos por hifenização na linguagem jurídica em inglês, devido a suas peculiaridades.

Assim como no português, no inglês o hífen une palavras para formar palavras compostas (compound words). Entretanto, o sinal diacrítico desempenha um papel mais marcante na língua inglesa por estar presente em um número maior de situações tendo em vista o alto grau de substantivação da língua inglesa.

Os principais casos de hifenização são:

1) Palavras dicionarizadas grafadas com hífen:

Exemplo: short-lived, tax-exempt

2) Palavras usadas com modificadores:

Exemplo: well-reasoned opinion, well-founded argument

3) Palavras com os prefixos 'all', 'ex' e 'self'

Exemplo: self-incrimation, ex-partner, all-American

4) Para evitar encontro de duas vogais iguais

Exemplo: re-enact, co-opt

5) Palavras com 'elect'

Exemplo: president-elect, governor-elect, secretary-treasurer elect

6) Números de twenty-one a twenty-nine, frações na condição de adjetivos

Exemplo: the twenty-fifth objection, two-thirds majority

7) Palavras que unem número e substantivo

Exemplo: twenty-year old defendant, ten-year term

8) Palavras que compartilham o mesmo segundo elemento

Exemplo: nine- and ten-acre tracts of land

9) Palavras que combinam o nome das partes

Exemplo: attorney-client privilege, husband-wife tort action

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Colunista

Luciana Carvalho Fonseca é professora doutora do Departamento de Letras Modernas (DLM) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) e da pós-graduação em Tradução (TRADUSP). Fundadora da TradJuris - Law, Language and Culture e autora dos livros "Inglês Jurídico: Tradução e Terminologia" (2014) e "Eu não quero outra cesárea" (2016).