A amiga Nathalye Juqueira pergunta:
"Participei no ano passado do 1º Congresso de Direito XXXX (nome retirado pela edição) e estava aguardando a versão online este ano. Procurei bastante e me dei conta de que existem diversos "primeiros" eventos, mas pouquíssimos "segundos", ou seja, poucos eventos tem edições seguidas. Isso é normal mesmo?".
Nathalye, obrigado pela pergunta. Na verdade, normal mesmo não é, mas é usual. O certo, na minha visão, seria que os eventos fossem evolutivos e não únicos. Acredito que o mercado responderia muito melhor para um evento que tem tradição de diversas edições (como a Fenalaw, por exemplo) do que eventos que, como você coloca, são apenas os "primeiros". Assim como os próprios escritórios jurídicos, tradição é um diferencial que deve ser buscado neste segmento.
A verdade é que existe uma empolgação tremenda em termos de eventos jurídicos. Muitos se juntam para montar um congresso, seminário, conferência, workshop, café da manhã, debate, simpósio ou uma simples palestra sem ter nenhuma noção de todo trabalho que é preciso para fazer a coisa rodar e dar certo. São poucos os corajosos que voltam para uma segunda rodada depois de conhecem os trâmites exigidos em um evento bem organizado. Isso, por si só, já elimina 80% dos aventureiros que tem a intenção de ter uma segunda edição do evento que você achou interessante.
Vale lembrar que, como existe uma gama grande de eventos acontecendo – e disputando público lado a lado – muitos deles não conseguem sequer pagar seus custos, o que automaticamente elimina mais 10% de todo empresário ou advogado empreendedor que se atreveu a gerar um evento jurídico.
Trabalhar muito e sem retorno financeiro? Está aí a razão porque 90% dos eventos não seguem para as próximas edições.
Posso contar nos dedos os eventos que tem – ou estão criando – seu nome e tradição perante o mercado jurídico. A esses empreendedores resilientes, eu tiro meu chapéu e aplaudo de pé.
Espero ter ajudado.
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Bom crescimento!