Marketing Jurídico

Advogado água morna

Advogado água morna.

17/7/2020

A amiga Tereza Camilo de Aguiar pergunta:

"Qual é o melhor momento para atuar em marketing para um escritório de 3 pessoas?"

Tereza, obrigado pela pergunta. Na verdade, essa resposta é curta e clara: não existe "melhor momento" para falar de marketing em um escritório, independente de seu tamanho. A pergunta que deveria ser feita é: quão rápido você quer chegar nos seus objetivos? Se a resposta for "muito rápido" então o marketing deve adentrar a conversa.

Vou fazer aqui um alerta que intitula nossa coluna de hoje.

Diversos advogados tem uma péssima (na minha concepção) maneira de tratar suas evoluções, sejam em marketing, sejam nos negócios no geral, o que eu chamo de "atuação água morna" (sabe aquela água que não é nem quente, nem fria e não serve nem pra fazer chá?). É aquele advogado que nunca se decide, sempre está deixando pra depois e sempre focando nas desculpas para empurrar as decisões para outro momento. É aquele advogado que pergunta, pergunta, pergunta e, mesmo tendo o entendimento de que o marketing efetivamente vai ajudar na sua carreira, ainda consegue optar em ignorar as tais ações e seguir como se estas não fossem peças essenciais para seu crescimento financeiro. É esse o advogado que vai "morrer" em breve, pois o mercado não tem interesse em saber o que você acha do marketing, ele apenas vai entender que você não está habilitado o suficiente (comparativamente com quem faz marketing e sabe se projetar da maneira correta) para conquistar os trabalhos pretendidos. Isso é a reação natural do mercado que contrata e é o que vai fazer muitos advogados perderem suas carreiras, pelo simples fato de que demoraram muito para tomar a decisão de investir no marketing jurídico ético.

Então minha dica pontual de hoje é esta: não seja um advogado ou advogada água morna. Tome decisões rápidas e esforce-se para implementar o que precisa ser implementado. Se tem uma coisa que me dá um aperto no coração é ver um escritório fechar as portas (e muitas vezes atrapalhar a evolução da carreira de diversos colaboradores no processo), simplesmente porque seu líder não teve a proatividade (ou pela simples preguiça mesmo) de investir no que precisava ser acertado para dar continuidade no escritório.

Espero ter ajudado.

Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar.

Bom crescimento!

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Colunista

Alexandre Motta é consultor e sócio diretor do Grupo Inrise. Com formação e pós-graduação em marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), atuou durante cinco anos em escritório jurídico como responsável pela área de desenvolvimento de negócios e comunicação com clientes. É palestrante oficializado pela OAB (tendo recebido inclusive a Medalha do Mérito Jurídico), escreve artigos de relevância para o mercado atual e é autor dos livros "Marketing Jurídico - Os Dois Lados da Moeda", "O Guia Definitivo do Marketing Jurídico" e "O Novo Marketing Jurídico". Apresenta também o programa de entrevistas Conversa Legal, focado na interatividade dos profissionais do setor jurídico. Desde 2002 mantém, através de sua consultoria, uma clientela de inúmeros escritórios jurídicos sob sua responsabilidade de atuação e crescimento em marketing ético.