Marketing Jurídico

Eventos jurídicos em São Paulo

Eventos jurídicos em São Paulo.

1/11/2019

A amiga Hanna Silveira pergunta:

"Sou da Bahia e estive na semana passada na Fenalaw e foi um evento muito bom. Porém eventos como esse não são priorizados pelos advogados quando acontecem na minha própria terra. Porque isso acontece, Alexandre?"

Hanna, obrigado pela pergunta. Esse é um cenário bem comum no meio. Se colocarmos O MESMO evento aqui em São Paulo e em outra localidade é possível que o de SP lote e o outro não. Isso acontece porque - vamos admitir - São Paulo é considerado o polo de negócios do Brasil. Tudo acontece aqui e a percepção que as pessoas tem é de que os eventos aqui podem trazer mais networking e consequentemente mais negócios para o advogado. Ledo engano. Já palestrei no Brasil todo e, na maioria da vezes, os eventos tem uma excelência de organização e troca de informações de nível máximo, de fazer inveja em qualquer outro grande evento do setor.

Talvez o que precise ser melhor anunciado seja o resultado que estes eventos fora do eixo SP-Rio trazem. Muitas vezes o que precisa ser feito é o pós evento, ou seja, explicitar o resultado e sucesso da empreitada para que seja criada então uma imagem de evento de sucesso, como uma marca de respeito. Isso, ao longo do tempo, transforma a imagem de evento simples, aquele que "podemos perder" em "o evento do ano que nenhum advogado da região pode perder". Foi isso que aconteceu com a Fenalaw. Construiu seu nome ao longo dos anos e agora aproveita a devida fama (deixando claro que existe uma competência organizacional tremenda na entidade).

E é por isso que vemos diversos "primeiros" e não "segundos". Explico: toda hora aparece o 1º Congresso de X, 1º Seminário de Y, e assim por diante. Mas como não se fomenta a imagem desses eventos com resultados positivos, grande parte das vezes nunca se chega à necessidade do mercado pela continuação do mesmo, simplesmente pelo fato de que não mostramos os resultados efetivos que a primeira edição trouxe.

E isso pode ser transposto para o marketing jurídico no geral. Muitas vezes pensamos na ação mas nunca no pós-ação, que geralmente é onde colhemos os frutos do trabalho, seja ele institucional ou comercial. Cuidado, portanto: toda ação de marketing e comunicação deve ter pré-ação, a ação em si e o pós-ação.

Por fim, parabéns Hanna, por estar visitando e vivenciando os eventos jurídicos tão importantes para o setor. Informação e networking de qualidade nunca são demais.

Espero ter ajudado.

Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar.

Bom crescimento!

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Colunista

Alexandre Motta é consultor e sócio diretor do Grupo Inrise. Com formação e pós-graduação em marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), atuou durante cinco anos em escritório jurídico como responsável pela área de desenvolvimento de negócios e comunicação com clientes. É palestrante oficializado pela OAB (tendo recebido inclusive a Medalha do Mérito Jurídico), escreve artigos de relevância para o mercado atual e é autor dos livros "Marketing Jurídico - Os Dois Lados da Moeda", "O Guia Definitivo do Marketing Jurídico" e "O Novo Marketing Jurídico". Apresenta também o programa de entrevistas Conversa Legal, focado na interatividade dos profissionais do setor jurídico. Desde 2002 mantém, através de sua consultoria, uma clientela de inúmeros escritórios jurídicos sob sua responsabilidade de atuação e crescimento em marketing ético.