Marketing Jurídico

Marketing criminalista - Round 2

Marketing criminalista - Round 2.

2/8/2019

O amigo Mauricio Paes Manso pergunta:

"Parabéns pelo trabalho desenvolvido desmistificando a questão do marketing para os advogados. Mas, a dúvida é a seguinte: É possível a prospecção de clientes, no âmbito da advocacia criminal, fazendo marketing jurídico, dado a peculiaridades dos clientes. O que é quero dizer é: como divulgar o trabalho do advogado criminalista. Obrigado e forte abraço".

Maurício, obrigado pela pergunta. Algumas semanas atrás respondi pergunta semelhante da amiga Amanda Barros. Acho que a resposta engloba a maioria das dúvidas efetivas que o advogado criminalista tem em relação ao marketing jurídico. Por favor relembre aqui:

Agora que você já leu sobre as ferramentas no artigo anterior, em um âmbito mais amplo, é possível dizer que o marketing jurídico serve para qualquer advogado, incluindo o advogado criminalista. Embora seja um trâmite mais difícil e reativo (afinal de contas ninguém vai sair no mercado falando "cometeu um crime? Fez besteira? Vamos marcar uma reunião") existe sim a possibilidade de engajamento do público alvo nas atividades do escritório e do advogado. E é exatamente esse acompanhamento e engajamento que faz o público obter a preferência por determinado advogado que possa, em uma hora de aperto, ser o salvador da pátria e o resolvedor da situação.

Veja bem, o criminalista faz sua carreira em função do conhecimento exposto ao mercado e nunca em cima do nome de clientes, o que é – embora proibido – utilizado por diversos escritórios de outras áreas de atuação do direito em algum grau de exposição institucional.

Infelizmente, tenho uma má notícia: o trabalho que o advogado criminal tem para criar seu nome e angariar clientes é praticamente o dobro de outras carreiras jurídicas, comparativamente falando. Por ser um assunto (crimes) que, na teoria, "ninguém fez, ninguém faz e ninguém vai fazer" se torna difícil materializar ações e "produtos", focando-se muito mais em expor correta e constantemente o nome do advogado do que uma divulgação direta de benefícios efetivos. E, se o trabalho é maior para o criminalista, está na hora de começar antes de todos, concorda? Mãos à obra!

Para finalizar, deixo aqui um questionamento-chave para os advogados criminalistas: por que será que todo grande caso, que supostamente deverá ter amplitude de exposição (leia-se cobertura nacional), é disputado à tapas, com promessas de resultados completos e sem pagamento de um tostão sequer, pelos criminalistas de plantão?

Espero ter ajudado.

Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar.

Bom crescimento!

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Colunista

Alexandre Motta é consultor e sócio diretor do Grupo Inrise. Com formação e pós-graduação em marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), atuou durante cinco anos em escritório jurídico como responsável pela área de desenvolvimento de negócios e comunicação com clientes. É palestrante oficializado pela OAB (tendo recebido inclusive a Medalha do Mérito Jurídico), escreve artigos de relevância para o mercado atual e é autor dos livros "Marketing Jurídico - Os Dois Lados da Moeda", "O Guia Definitivo do Marketing Jurídico" e "O Novo Marketing Jurídico". Apresenta também o programa de entrevistas Conversa Legal, focado na interatividade dos profissionais do setor jurídico. Desde 2002 mantém, através de sua consultoria, uma clientela de inúmeros escritórios jurídicos sob sua responsabilidade de atuação e crescimento em marketing ético.