Marketing Jurídico

Como encontrar um sócio?

Como encontrar um sócio?

26/4/2019

Nosso amigo Matheus Falivene pergunta:

"Alexandre, bom dia, tudo bem? Primeiro, gostaria de te dar os parabéns pela coluna. O marketing jurídico é um tema relevantíssimo e muito pouco conhecido pelos advogados. Dito isso, tenho uma dúvida: Tenho um escritório relativamente conhecido na minha área de atuação, porém, nunca tive sócios, sempre atuei sozinho, sendo auxiliado por estagiários e advogados associados. Muitas vezes, contudo, sinto falta de sócio para dividir as tarefas administrativas do escritório ou para conversar sobre as estratégias processuais. Penso também que, se eu tivesse um sócio, o escritório se desenvolveria de forma mais rápida e eficiente. Sendo assim, pergunto: Para que um escritório se desenvolva corretamente e se torne renomado é necessário que ele tenha sócios? Caso a resposta seja afirmativa, quais são os critérios para escolher um sócio? Porque é tão difícil se conseguir um bom sócio? Muito obrigado e parabéns!"

Matheus, obrigado pela pergunta. Realmente essa é uma das questões de difícil resposta em função de sua complexidade e variáveis. Mas vamos por partes. Em primeiro lugar, não é primariamente vital ter um sócio para que o escritório se desenvolva de forma rápida e eficiente. Estatisticamente existem muito mais escritórios "rachando" a sociedade do que escritórios em que os sócios se complementam e se ajudam. Fora isso, é comum casos de sócios que "levam nas costas" o outro, seja por inaptidão, fata de proatividade ou simplesmente porque se acomodaram. Obviamente ter com quem dividir estratégias, custos e ideias é mais do que bem-vindo, mas a verdade (e aqui usarei um clichê famoso) é que a sociedade de trabalho nada mais é do que um casamento, onde, se não existir completa integração – pessoal, profissional, emocional e financeira –, as chances de que algo saia errado são grandes.

Posto isso, se você sentiu que é hora de ter um sócio, aqui vão algumas dicas para minimizar um possível desencontro de ideias:

Existem diversos fatores que influenciam – positiva e negativamente – uma sociedade. Porém, Matheus, no seu caso em particular, fazendo uma "investigação" rápida em site e redes sociais, percebo que você é bastante conhecido em seu setor de atuação e isso, por muitas vezes, pode inibir a aproximação de uma pessoa que pode se considerar menos apta tecnicamente a trabalhar com você. A pessoa quer se envolver com sua carreira e com o escritório, mas acha que, como você já é conhecido no mercado, não está no mesmo nível. Se esse for o caso, é importante explicitar aos seus contatos que está aberto a novos rumos para o escritório, com conversas em todos os níveis. Tenho certeza que rapidamente alguém estará alinhado às suas pretensões profissionais.

Espero ter ajudado.

Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar.

Bom crescimento!

 
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Colunista

Alexandre Motta é consultor e sócio diretor do Grupo Inrise. Com formação e pós-graduação em marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), atuou durante cinco anos em escritório jurídico como responsável pela área de desenvolvimento de negócios e comunicação com clientes. É palestrante oficializado pela OAB (tendo recebido inclusive a Medalha do Mérito Jurídico), escreve artigos de relevância para o mercado atual e é autor dos livros "Marketing Jurídico - Os Dois Lados da Moeda", "O Guia Definitivo do Marketing Jurídico" e "O Novo Marketing Jurídico". Apresenta também o programa de entrevistas Conversa Legal, focado na interatividade dos profissionais do setor jurídico. Desde 2002 mantém, através de sua consultoria, uma clientela de inúmeros escritórios jurídicos sob sua responsabilidade de atuação e crescimento em marketing ético.