Redação Forense & Elementos da Gramática
Editora : Premier Máxima Editora
Autor: Eduardo de Moraes Sabbag
Págs : 471
A língua portuguesa, tão rica e bela, é hoje submetida a constantes agressões por parte de muitos brasileiros. E quando as agressões provêm dos que exercem profissões jurídicas, os maus-tratos têm conseqüências ainda piores. Justamente os que deveriam manejar a Língua com mais habilidade cometem às vezes erros crassos de gramática e de sintaxe: o "posto que" ou o "eis que" no lugar de uma vez que, o verbo "tratar-se" com sujeito pessoal, as crases colocadas a bel-prazer, o uso da próclise e da ênclise sem que obedeçam a qualquer regra, o futuro do infinitivo quando o sujeito e o verbo, os erros de concordância, sem falar em pecadilhos menores como os galicismos, que já entraram em nosso vernáculo e são perdoáveis. E o latim, Deus nos acuda quando alguns profissionais do Direito se arriscam com as formas 'inaudita altera pars', 'data máxima vênia', 'a quo' referido ao feminino, 'querela nulitatis', e outras pérolas mais.
Além do que a língua portuguesa é insidiosa: quem ainda não teve dúvidas entre o por quê, por quem porque e porquê atire a primeira pedra!
Sabendo que a consulta a gramáticas torna-se penosa e enfadonha, porque elas, geralmente, apresentam-se em volumes avantajados, que acabam trazendo desânimo ao consulente, procuramos adotar na obra uma linguagem objetiva, sem sacrificar o aprofundamento, acerca da redação forense e da gramática da Língua Portuguesa. O presente trabalho permitirá uma solução rápida à duvida gramatical, à medida que enfrenta centenas de problemas acerca do intrincado idioma nacional no cotidiano do usuário da língua.
A obra de Eduardo Sabbag é clara, exaustiva e amena, dando regras e dicas na mesma proporção, com a criatividade dos diversos macetes. Enriquece o vocabulário e ensina a redigir bem, numa linguagem rica, sem ser hermética – pois a redação forense há de ser clara e enxuta. Para quê usar "exordial", quando o termo técnico é inicial, "Pretório Excelso" quando se trata do Supremo Tribunal Federal, para quê períodos longos e confusos quando se podem ser concisos e sintéticos? A linguagem forense, conquanto técnica, deve ser compreendida pelos consumidores de justiça, e não apenas pelos iniciados. Deve ser correta, simples e direta.
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Carolina Bastos Lima, advogada da Petrobras, de Niterói/RJ
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