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"Guia de Preparação do Concurseiro Solitário"

Veja quem ganhou a obra "Guia de Preparação do Concurseiro Solitário" (92p.) de Charles Dias.

29/9/2011


Guia de Preparação do Concurseiro Solitário






Editora:

Campus Elsevier - Campus Jurídico
Autor: Charles Dias
Páginas: 92







Ser aprovado em um concurso público em nossos dias não é algo simples, que possa ser feito sem planejamento, "de sopetão". Exige disciplina (cumprimento de horários demarcados de estudo) e determinação (muitas serão as tentações de largar o estudo, mas a firmeza de propósito deve ser suficiente para fazer o candidato resistir). Apoiado nesses três ingredientes óbvios e por isso mesmo infalíveis, que o autor vai chamar de "P2D", a obra propõe-se a apresentar a sua experiência bem-sucedida na área. Mas se a receita é inconteste, que surpresa o livro pode reservar ao candidato?

Sob o nome de "técnica de planejamento de estudo por horas líquidas" o autor propõe modelo prático de organização do dia do candidato associado a um interessante critério para a seleção das disciplinas a serem estudadas. O nome longo refere-se a nada mais, nada menos, do que a preocupação do autor com a ilusão que a contagem das horas brutas de estudo pode criar para o estudante, que acaba por se deixar enganar (voluntária ou involuntariamente) pela ideia de que está estudando muito. A partir da contabilização apenas das "horas líquidas", terá consciência de suas reais necessidades e se dedicará realmente ao que se propôs.

Assim, aconselha que o dia do candidato seja dividido em diversas sessões de estudo com duas horas de duração cada uma, sempre entremeadas por intervalos de meia hora – em que cabe até internet –, que não devem entrar na contabilização do tempo de estudo. A seleção da ordem de preferência para estudo das matérias, bem como da quantidade de horas a ser dedicada a cada uma deve levar em conta três informações importantes: conhecimento prévio que o candidato disponha a respeito; disponibilidade de material (tem os livros ou precisará recorrer a bibliotecas ou a terceiros?); peso que a disciplina tem na prova.

O texto é curto, simples e informal. Em resposta à pergunta inicial da resenha pode-se dizer que as lições não revelam grandes descobertas, técnicas mágicas. Desvelam, contudo, um pouco de nossa natureza, tão predisposta a aprender a partir de exemplos. E aqui penso ser é interessante replicar o autor, que no início de suas admoestações lembra que o radical latino para aprender – discere – é o que deu origem à palavra disciplina.

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 Ganhadora :

Maria Cecília Figueiredo de Favari, advogada em Ribeirão Preto/SP

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Colunista

Roberta Resende é formada pela faculdade de Direito do Largo de São Francisco/USP (Turma de 1995) e pós-graduada em Língua Portuguesa, com ênfase em Literatura.