Gramatigalhas

"E-mail" com cópia

Indaga uma leitora se, ao enviar um “e-mail” para um homem, com cópia para uma mulher, está errado iniciar o texto com o termo “senhores”. Veja a explicação.

26/1/2005

A leitora Maria Gorete Soares Franco remete a seguinte indagação ao autor de Gramatigalhas:

"Ao enviar um e-mail para um homem, com cópia para uma mulher, está errado iniciar o texto com o termo 'Senhores'? O que devo usar, Prezado Sr./Sra.?"

1) Indaga uma leitora se, ao enviar um “e-mail” para um homem, com cópia para uma mulher, está errado iniciar o texto com o termo “senhores”.

2) Ora, um “e-mail” não deixa de ser uma forma de correspondência – como se fosse uma carta – apenas que enviada por meio diverso do vetusto correio.

3) Como correspondência, significa, em última análise, uma conversa entre pessoas.

4) No caso, a situação foi taxativamente desenhada pela leitora: o “e-mail” é enviado a um homem, de modo que a conversa, pela informática ou não, é travada entre duas pessoas. A mulher, assim, é apenas destinatária de uma cópia da missiva, e não real partícipe da conversa.

5) Desse modo, independentemente de haver remessa de cópia para a mulher – que a recebe, mas não participa da conversa – o tratamento será conferido apenas ao interlocutor, ou seja, tão-somente ao homem. Assim, Prezado Senhor.

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Colunista

José Maria da Costa é graduado em Direito, Letras e Pedagogia. Primeiro colocado no concurso de ingresso da Magistratura paulista. Advogado. Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP. Ex-Professor de Língua Latina, de Português do Curso Anglo-Latino de São Paulo, de Linguagem Forense na Escola Paulista de Magistratura, de Direito Civil na Universidade de Ribeirão Preto e na ESA da OAB/SP. Membro da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas. Sócio-fundador do escritório Abrahão Issa Neto e José Maria da Costa Sociedade de Advogados.