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Regulamentação das apostas no Brasil: Soluções para um mercado ético com competitividade e responsabilidade social

Coriolano Aurelio de Almeida analisa a urgência de regulamentação das apostas no Brasil, dada a expansão do setor e seus impactos econômicos e sociais.

4/10/2024

Se você está esperando pela grande solução para o caótico mercado de apostas no Brasil, vou lhe poupar o suspense: ela está lá no final do artigo. Mas, como tudo na vida, a verdade e a ética exigem um pouco de paciência, então aproveite o percurso. Afinal, o que seria de uma boa solução sem antes passar pelas armadilhas do oportunismo e da falta de transparência? Leia tudo com atenção, porque, assim como nas apostas, a resposta para um mercado mais justo não é óbvia — mas está logo adiante. 

Vejamos, a regulamentação das apostas no Brasil é um tema cada vez mais relevante e urgente, considerando a explosão do setor nos últimos anos. Com mais de 170 empresas já solicitando regularização junto ao Ministério da Fazenda, e movimentações que chegam a R$ 20 bilhões mensais, o impacto desse mercado na economia e na sociedade é inegável. Contudo, essa regulamentação vai muito além da legalização de um mercado crescente; ela precisa abordar questões complexas como saúde pública, proteção financeira, publicidade responsável e o impacto sobre as famílias brasileiras. 

O controle das operações financeiras e os riscos das apostas 

Um dos pilares dessa regulamentação é o COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que deve fiscalizar qualquer operação considerada suspeita no setor de apostas. As empresas, por sua vez, precisam ser responsabilizadas não apenas por suas operações, mas também pelas publicidades abusivas ou enganosas que promovam, especialmente quando se utilizam de influenciadores digitais. Essas práticas, frequentemente soltas e sem controle nas redes sociais, já estão na mira de operações da Polícia Federal. O uso irresponsável de influenciadores, promovendo apostas sem mencionar os riscos, configura um ato criminoso que precisa ser combatido. 

Saúde mental e financeira em risco 

A regulamentação deve ir além da simples legalização. É essencial que as empresas de apostas atuem na prevenção dos transtornos associados ao jogo, como os problemas de saúde mental e o endividamento. A proteção financeira dos apostadores também deve ser prioridade. Um exemplo disso é a necessidade de tabelas de pagamento que deem ao jogador uma noção clara de quanto pode ganhar ao longo do tempo, possibilitando decisões mais informadas.  

O governo também está estudando o uso de aplicativos que permitam aos jogadores monitorar o tempo que gastam em plataformas de apostas e quanto dinheiro estão perdendo ou ganhando, com o objetivo de promover uma experiência mais consciente e transparente. 

A publicidade e o papel dos influenciadores digitais 

Outro ponto crucial é a regulamentação da publicidade no setor de apostas, que deve seguir um padrão semelhante ao já aplicado a produtos como álcool e tabaco. Toda publicidade precisa respeitar o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e o CDC. As empresas que desrespeitarem essas regras, utilizando influenciadores que promovem apostas sem alertar para os riscos, serão responsabilizadas e punidas. 

O impacto econômico e social das apostas 

Segundo dados do Banco Central, o setor de apostas já provoca um impacto direto na economia, retirando dinheiro de outros setores, como o varejo. A movimentação de R$ 20 bilhões por mês em apostas online reflete diretamente no poder de compra das famílias, afetando setores como o calçadista e o de bens de consumo. Para piorar, há também a preocupação de que beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, estejam utilizando parte dos recursos recebidos para apostar, agravando o ciclo de endividamento e vulnerabilidade dessas famílias. 

A ilegalidade e a evasão fiscal 

Atualmente, 500 a 600 sites de apostas ilegais devem ser derrubados pelo Ministério da Fazenda, mas o setor aponta que o número real de sites operando de maneira irregular pode ser superior a 3 mil. Um dos temores é que, com o bloqueio dessas operações, muitas empresas migrem suas atividades para plataformas como o Telegram, que permite emular navegadores sem endereço de internet, dificultando a fiscalização. Além disso, o uso de criptomoedas e moedas de jogo pode complicar ainda mais a tarefa das autoridades em monitorar as transações e garantir que as empresas prestem contas ao governo. 

A posição do Ministério Público Federal e o STF 

Diante desse cenário, o MPF já está abrindo procedimentos para investigar o setor, e uma nova ação no STF questiona a legalidade da lei que regulamenta as apostas no Brasil. Um dos principais pontos de atenção é o impacto do vício em jogos na saúde da população e o endividamento das famílias, temas que também serão abordados em uma audiência pública marcada para novembro, no STF. 

A Procuradoria-Geral da República, sob a liderança de Paulo Gustavo Gonebranco, está estudando a melhor estratégia processual para lidar com essa questão. O MPF pretende questionar a constitucionalidade da lei das apostas, seja por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade ou uma arguição de descumprimento de preceito fundamental, ambos instrumentos que questionam a validade da lei e seu impacto sobre direitos fundamentais dos brasileiros. 

O desafio da fiscalização e a responsabilidade social 

A falta de regulamentação no setor de apostas resulta não apenas em perda de arrecadação para os cofres públicos, mas também em uma lacuna de proteção para os consumidores. Empresas que operam de maneira irregular estão deixando de prestar contas ao governo, e a arrecadação, que poderia ser destinada a serviços essenciais, acaba se perdendo nesse mercado sem controle.  

A regulamentação, portanto, é defendida como uma maneira de trazer mais segurança e fiscalização, tanto para o governo quanto para os consumidores. Ela também deve impulsionar a arrecadação em um momento crítico para o Ministério da Fazenda, além de garantir que o setor de apostas opere de forma responsável, sem prejudicar a saúde e o bem-estar da população. 

Conclusão 

O debate sobre a regulamentação das apostas no Brasil envolve desafios complexos, mas também oferece soluções. A concorrência entre grandes empresas e pequenos empresários que desenvolvem sistemas de compliance eficientes, homologados e recomendados por órgãos como o MPF e o Sinacom, pode ser uma saída viável para um mercado mais justo e responsável. Além disso, a regulamentação precisa estar acompanhada de campanhas de conscientização sobre os riscos das apostas, inspiradas em modelos já utilizados no combate ao tabagismo. 

O futuro desse mercado no Brasil depende de uma regulamentação bem estruturada, que garanta a legalidade, proteja a população e promova um ambiente competitivo e transparente. Somente assim será possível transformar as apostas em uma atividade econômica benéfica, sem ignorar os seus riscos sociais e financeiros. 

A solução é simples

A questão central da regulamentação das apostas no Brasil é que se começou pelo caminho errado, oferecendo outorgas apenas às grandes empresas, sem exigir que essas corporações apresentem mecanismos de compliance robustos e transparentes. Isso não apenas desrespeita os princípios de livre concorrência, como perpetua um modelo de mercado que se preocupa mais com cifras milionárias do que com a construção de um ambiente ético e sustentável. O foco excessivo no valor da outorga acaba excluindo justamente aqueles que podem fazer a verdadeira diferença: os pequenos empresários. 

A meritocracia deve ser o novo pilar desse setor. Pequenos empreendedores, embora com menos recursos financeiros, têm uma grande vantagem: a capacidade de desenvolver sistemas inovadores, éticos e alinhados às melhores práticas de compliance. Eles são os agentes de mudança que podem trazer equilíbrio e responsabilidade social ao mercado, algo que as grandes empresas muitas vezes ignoram em nome do lucro imediato. Não é o capital que deve definir o futuro desse setor, mas a qualidade das práticas adotadas. 

Além disso, ao dar espaço para os pequenos, o mercado de apostas poderia ser profundamente transformado, com soluções que realmente protejam o jogador e promovam a transparência. Esses empresários, focados em desenvolver ferramentas de compliance homologadas por entidades como o MPF e o Sinacom, estão mais alinhados com as demandas atuais de um mercado ético e equilibrado. Eles têm a capacidade de oferecer plataformas que garantem a segurança do usuário, monitoram práticas de jogo responsáveis e previnem vícios e abusos, tornando o setor mais sustentável. 

A regulamentação que prioriza a meritocracia traz consigo um modelo de negócio que beneficia todos os envolvidos. Para o governo, significa aumentar a arrecadação com uma base de operadores de apostas confiáveis e comprometidos com a transparência. Para os jogadores, representa um ambiente mais seguro, onde as regras são claras e o risco de exploração é minimizado. E, finalmente, para o mercado, essa abertura para os pequenos cria um ecossistema mais dinâmico e competitivo, capaz de inovar e atender às demandas da sociedade de forma mais eficaz. 

Por isso, a solução é clara: o governo deve oferecer outorgas não apenas para aqueles que podem pagar milhões, mas para aqueles que demonstram, na prática, que estão comprometidos com a ética e a responsabilidade social. Pequenos empresários, com sistemas de compliance eficientes, são a chave para um mercado de apostas mais justo, transparente e responsável. Essa é a transformação que o Brasil precisa, e é a solução que proponho para corrigir o rumo deste setor. 

Dentro dessa linha de pensamento, podemos expandir a solução ao criar um sistema de outorgas escalonadas, onde o valor da outorga não seria o único critério, mas sim um conjunto de fatores que incluam o compromisso com práticas de compliance, responsabilidade social e inovação tecnológica. Ao invés de privilegiar as grandes empresas com altos valores de entrada, o governo poderia estabelecer faixas de outorga baseadas no grau de cumprimento dessas exigências. Isso permitiria que os pequenos empresários tivessem acesso ao mercado, desde que comprovassem sua capacidade de operar com transparência e segurança. 

Além disso, é possível criar incentivos para que esses pequenos empresários se destaquem. Por exemplo, o governo pode oferecer subsídios ou benefícios fiscais para empresas que demonstrem um forte compromisso com a promoção de práticas de jogo responsáveis, prevenção de vícios e proteção dos consumidores. Empresas que investem em tecnologia de monitoramento do comportamento dos jogadores, com alertas sobre apostas excessivas e limites autoimpostos, poderiam receber benefícios adicionais, incentivando assim a criação de um mercado que preza pela saúde mental e financeira de seus consumidores. 

Outro ponto crucial é a criação de um órgão regulador independente, focado em garantir a integridade desse setor. Esse órgão seria responsável por fiscalizar tanto grandes quanto pequenos operadores, certificando que todos estão cumprindo as regras de compliance e transparência. O órgão também poderia atuar como um mediador entre o governo, os operadores de apostas e a sociedade civil, promovendo discussões contínuas sobre como melhorar as práticas no setor, sempre com o foco na proteção do consumidor. 

Além disso, é possível instituir um sistema de pontuação ou ranking, onde os operadores seriam avaliados com base em critérios éticos, de compliance e inovação. Aqueles que se destacarem poderiam receber maior visibilidade e confiança do público, o que criaria um círculo virtuoso: empresas que respeitam as regras e operam de forma ética teriam mais clientes e, consequentemente, mais sucesso no mercado. Isso estimularia a concorrência baseada em mérito, e não apenas em poder financeiro. 

Por fim, a educação e conscientização do público também devem fazer parte dessa solução. Empresas, grandes e pequenas, devem ser obrigadas a investir em campanhas que alertem sobre os riscos das apostas, incentivando práticas saudáveis e responsáveis. Esse tipo de comunicação não pode ser visto como uma obrigação burocrática, mas como uma parte fundamental da operação, garantindo que os consumidores tenham todas as informações necessárias para tomar decisões conscientes. 

Em resumo, a solução está em um mercado onde o mérito, a transparência e a inovação se sobreponham ao simples poder financeiro. Outorgas escalonadas, incentivos para práticas responsáveis, fiscalização rigorosa e a promoção de concorrência saudável entre grandes e pequenos são os pilares de uma regulamentação mais justa. A transformação virá não apenas com mais arrecadação, mas com a criação de um setor que respeite o consumidor e que se comprometa com a construção de um mercado ético e equilibrado. 

Podemos explorar mais algumas ideias: 

  1. Plataformas de compliance como serviço (Compliance-as-a-Service): Pequenos empresários podem não ter os recursos para desenvolver sistemas de compliance robustos desde o início. Por isso, o governo, em parceria com o setor privado, pode oferecer uma plataforma de compliance como serviço. Essa plataforma seria um ambiente padronizado onde os operadores de apostas, especialmente os menores, poderiam aderir a um sistema pré-estabelecido de auditoria e controle, homologado por entidades como o MPF e Sinacom. Isso reduziria o custo inicial para os pequenos empresários, permitindo que eles operem com segurança e transparência desde o primeiro dia, e garantindo ao governo um controle mais eficaz. 
  2. Certificações dinâmicas de compliance: Em vez de uma outorga fixa com exigências apenas no momento inicial, os operadores poderiam ser submetidos a um sistema de certificações dinâmicas e contínuas. Isso significa que as empresas seriam avaliadas periodicamente em seus sistemas de compliance, práticas de publicidade e medidas de proteção aos jogadores. Aqueles que mantivessem um alto nível de conformidade poderiam ter benefícios, como redução de taxas de renovação ou incentivos fiscais. Esse tipo de avaliação contínua garantiria que o mercado evolua em direção à responsabilidade social de forma constante, em vez de apenas no momento da entrada no setor. 
  3. Fomento à inovação tecnológica com foco na proteção do jogador: Além de compliance, o governo pode incentivar startups e pequenos empresários a desenvolverem tecnologias que ajudem a proteger os jogadores de vícios, como ferramentas de inteligência artificial que identifiquem comportamentos compulsivos e alertem o usuário em tempo real. Além disso, podem ser criadas soluções que integrem funcionalidades de autoexclusão, permitindo que o próprio jogador limite sua participação em apostas ou defina limites financeiros para evitar perdas excessivas. Empresas que implementarem essas tecnologias poderiam receber prêmios de inovação ou até reduções em suas taxas regulatórias. 
  4. Criação de um fundo social vinculado ao setor de apostas: Parte das receitas geradas pelo setor, seja por grandes ou pequenos operadores, poderia ser destinada a um fundo social que apoie programas de reabilitação para vício em jogos e campanhas de conscientização. Esse fundo poderia ser administrado de forma independente e destinado a financiar iniciativas sociais que garantam que o impacto das apostas não se reflita negativamente na sociedade. Isso reforçaria o compromisso social das empresas e agregaria uma camada adicional de responsabilidade ao mercado. 
  5. Publicidade regulamentada por níveis de responsabilidade: Um sistema que não apenas permita, mas incentive, operadores a fazer publicidade responsável e moderada. Empresas que promovem apostas com base em princípios éticos, mencionando os riscos do jogo e sugerindo práticas de moderação, poderiam ser destacadas em campanhas de incentivo à publicidade responsável. Ao mesmo tempo, penalidades mais rigorosas seriam aplicadas a empresas e influenciadores que fazem publicidade irresponsável, enfatizando o ganho sem destacar os riscos. Isso criaria uma cultura de publicidade responsável no setor. 
  6. Parcerias educacionais e de treinamento: Pequenos empresários podem ser incentivados a participar de programas de treinamento e certificação em compliance, ética empresarial e responsabilidade social. Essas parcerias poderiam ser firmadas entre o governo, universidades e entidades de classe. Assim, os operadores não apenas entrariam no mercado com sistemas prontos, mas também com o conhecimento necessário para operar de maneira ética e sustentável a longo prazo.  

Em conjunto, essas ideias criam um ecossistema onde a meritocracia e a responsabilidade são as principais forças motrizes do mercado. Isso garante que tanto grandes quanto pequenos operadores possam atuar em um ambiente de alta concorrência, inovando e protegendo os jogadores, enquanto o governo ganha com uma arrecadação mais justa e uma regulação mais eficaz. O resultado seria um mercado de apostas mais ético, equilibrado e sustentável no Brasil. 

No final das contas, o jogo só vale a pena quando as regras são claras para todos, mas parece que, para alguns, o maior desafio não é ganhar — é aprender a jogar com ética. E sejamos francos: o mercado de apostas deve ser um espaço para pequenos empreendedores prosperarem, não um cartel exclusivo para poucos. 

Porque, se assim não for, não garantimos um dos maiores princípios da nossa república: o da igualdade. Todos devem ter a oportunidade de participar dos novos mercados de inovação digital, e não criar um ambiente de distorções onde poucos monopolizam um setor que deveria ser razoável e ético. Nossa legislação deve proporcionar oportunidades para todos, pois a igualdade é um pilar constitucional de aplicabilidade imediata. Que igualdade há em tratar de forma idêntica os desiguais? 

Além disso, o princípio da transparência nas relações do Estado com empresas privadas que operam por meio de outorgas deve ser respeitado. Que tipo de transparência existe quando se privilegiam apenas cifras milionárias? E por que o pequeno empresário no Brasil continua à margem desse novo mercado? A resposta para isso deveria estar na nossa legislação, garantindo oportunidades justas e equilibradas para todos. 

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Colunistas

Coriolano Aurélio de Almeida Camargo Santos é advogado e Presidente da Digital Law Academy. Ph.D., ocupa o cargo de Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB/SP), com mandatos entre 2013-2018 e 2022-2024. É membro da Comissão Nacional de Inteligência Artificial do Conselho Federal da OAB. Foi convidado pela Mesa do Congresso Nacional para criar e coordenar a comissão de Juristas que promoveu a audiência pública sobre a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, realizada em 24 de maio de 2019. Possui destacada carreira acadêmica, tendo atuado como professor convidado da Università Sapienza (Roma), IPBEJA (Portugal), Granada, Navarra e Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Foi convidado pelo Supremo Tribunal Federal em duas ocasiões para discutir temas ligados ao Direito e à Tecnologia. Também atua como professor e coordenador do programa de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) da Escola Superior de Advocacia Nacional do Conselho Federal é o órgão máximo na estrutura da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB). Foi fundador e presidente da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAB/SP (2005-2018). Atuou como Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo (2005-2021) e fundou a Comissão do Contencioso Administrativo Tributário da OAB/SP em 2014. Na área de arbitragem, é membro da Câmara Empresarial de Arbitragem da FECOMERCIO, OAB/SP e da Câmara Arbitral Internacional de Paris. Foi membro do Conselho Jurídico da FIESP (2011-2020) e diretor do Departamento Jurídico da mesma entidade (2015-2022). Atualmente desempenha o papel de Diretor Jurídico do DEJUR do CIESP. Foi coordenador do Grupo de Estudos de Direito Digital da FIESP (2015/2020). Foi convidado e atuou como pesquisador junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010, para tratar da segurança física e digital de processos findos. Além disso, ocupou o cargo de Diretor Titular do Centro do Comércio da FECOMERCIO (2011-2017) e foi conselheiro do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação da FECOMERCIO (2006-2010). Desde 2007, é membro do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP. Atua como professor de pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie desde 2007, nos cursos de Direito e Tecnologia, tendo lecionado no curso de Direito Digital da Fundação Getúlio Vargas, IMPACTA Tecnologia e no MBA em Direito Eletrônico da EPD. Ainda coordenou e fundou o Programa de Pós-Graduação em Direito Digital e Compliance do Ibmec/Damásio. É Mestre em Direito na Sociedade da Informação pela FMU (2007) e Doutor em Direito pela FADISP (2014). Lecionou na Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região, Academia Nacional de Polícia Federal, Governo do Estado de São Paulo e Congresso Nacional, em eventos em parceria com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, INTERPOL e Conselho da Europa. Como parte de sua atuação internacional, é membro da International High Technology Crime Investigation Association (HTCIA) e integrou o Conselho Científico de Conferências de âmbito mundial (ICCyber), com o apoio e suporte da Diretoria Técnico-Científica do Departamento de Polícia Federal, Federal Bureau of Investigation (FBI/USA), Australian Federal Police (AFP) e Guarda Civil da Espanha. Além disso, foi professor convidado em instituições e empresas de grande porte, como Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), Banco Santander e Microsoft, bem como palestrou em eventos como Fenalaw/FGV.GRC-Meeting, entre outros. Foi professor colaborador da AMCHAM e SUCESU. Em sua atuação junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), apresentou uma coletânea de pareceres colaborativos à ação governamental, alcançando resultados significativos com a publicação de Convênios e Atos COTEPE voltados para a segurança e integração nacional do sistema tributário e tecnológico. Também é autor do primeiro Internet-Book da OAB/SP, que aborda temas de tributação, direito eletrônico e sociedade da informação, e é colunista em Direito Digital, Inovação e Proteção de Dados do Portal Migalhas, entre outros. Em sua atuação prática, destaca-se nas áreas do Direito Digital, Inovação, Proteção de Dados, Tributário e Empresarial, com experiência jurídica desde 1988.

Leila Chevtchuk, eleita por aclamação pelos ministros do TST integrou o Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – ENAMAT. Em 2019 realizou visita técnico científica a INTERPOL em Lyon na França e EUROPOL em 2020 em Haia na Holanda. Desembargadora, desde 2010, foi Diretora da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região. Pela USP é especialista em transtornos mentais relacionados ao trabalho e em psicologia da saúde ocupacional. Formada em Direito pela USP. Pós-graduada pela Universidade de Lisboa, na área de Direito do Trabalho. Mestre em Relações do Trabalho pela PUC e doutorado na Universidade Autôno de Lisboa.