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A comunicação em crise: Incerteza e desconfiança nas estruturas de governo e seus impactos na democracia

Em um mundo onde a comunicação está em crise e a desconfiança nas instituições se alastra, a sensação de insegurança e incerteza ameaça o próprio alicerce das democracias.

28/6/2024

Em um mundo onde a comunicação está em crise e a desconfiança nas instituições se alastra, a sensação de insegurança e incerteza ameaça o próprio alicerce das democracias. 

A sensação de que "algo não está funcionando" é um sentimento global que se manifesta de maneiras diversas em diferentes partes do mundo. Este fenômeno é exacerbado pela crise de comunicação que atravessamos e pela crescente desconfiança nas estruturas de governo. Esses fatores alimentam uma sensação de insegurança e incerteza que ameaça a estabilidade das democracias e favorece o surgimento de regimes autoritários. 

Zygmunt Bauman, em sua teoria da "modernidade líquida", aborda como a constante mudança e a falta de estruturas sólidas criam um ambiente de incerteza. Na era digital, a comunicação, que deveria ser o alicerce da coesão social, encontra-se em um estado de desordem. A disseminação rápida de informações, muitas vezes sem verificação, e a polarização midiática contribuem para um clima de desinformação e desconfiança.

A falta de comunicação clara e eficaz entre governos e cidadãos agrava a percepção de que as instituições não são transparentes ou responsivas às necessidades da população. A desinformação e a propaganda, difundidas por meios digitais, corroem a confiança pública nas instituições democráticas, criando um terreno fértil para teorias da conspiração e movimentos populistas. 

Essa crise de comunicação e a consequente desconfiança nas estruturas de governo têm impactos profundos nas democracias. A sensação de insegurança e incerteza pode levar ao aumento do autoritarismo, à medida que cidadãos desiludidos procuram líderes fortes que prometem ordem e estabilidade. Esse fenômeno tem sido observado globalmente, onde a ascensão de partidos nacionalistas e líderes autoritários capitaliza o descontentamento e a sensação de que "algo não está funcionando". 

A crise de comunicação não apenas mina a confiança nas instituições, mas também polariza a sociedade. A fragmentação do espaço público e o isolamento em bolhas informativas intensificam a divisão social e política. Essa polarização dificulta o diálogo e o consenso, elementos essenciais para o funcionamento saudável de uma democracia. 

A insegurança e a incerteza geradas por essa dinâmica podem levar à erosão dos princípios democráticos e à criação de ditaduras de partidos nacionalistas. Em contextos onde a desconfiança é alta, líderes autoritários utilizam a retórica nacionalista para prometer a restauração da ordem e da segurança. Assim, a promessa de estabilidade pode se traduzir em práticas autoritárias, restringindo liberdades e concentrando o poder. 

Para mitigar esses riscos, é fundamental fortalecer a comunicação transparente e eficaz entre governos e cidadãos. A promoção da alfabetização midiática e a regulação das plataformas digitais são passos importantes para combater a desinformação e restaurar a confiança pública. As instituições democráticas precisam se adaptar à era digital, garantindo que sejam percebidas como legítimas e responsivas. 

Em conclusão, a sensação de que "algo não está funcionando" está intimamente ligada à crise de comunicação e à desconfiança nas estruturas de governo. Essas condições ameaçam a estabilidade das democracias, favorecendo o surgimento de regimes autoritários. Para proteger os valores democráticos, é essencial promover uma comunicação clara, transparente e responsável, além de fortalecer as instituições contra a maré de desinformação e polarização. Só assim poderemos enfrentar a incerteza e a insegurança de nossa era, preservando a democracia e a liberdade. 

Somente através da reconstrução da confiança e da promoção de uma comunicação transparente e honesta poderemos navegar pelas águas turbulentas da modernidade líquida, preservando os valores democráticos e a liberdade em tempos de incerteza. 

Nota: Este conteúdo foi produzido com o auxílio de uma ferramenta de Inteligência Artificial, assegurando precisão e inovação na sua elaboração. 

Referências Bibliográficas 

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Colunistas

Coriolano Aurélio de Almeida Camargo Santos é advogado e Presidente da Digital Law Academy. Ph.D., ocupa o cargo de Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB/SP), com mandatos entre 2013-2018 e 2022-2024. É membro da Comissão Nacional de Inteligência Artificial do Conselho Federal da OAB. Foi convidado pela Mesa do Congresso Nacional para criar e coordenar a comissão de Juristas que promoveu a audiência pública sobre a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, realizada em 24 de maio de 2019. Possui destacada carreira acadêmica, tendo atuado como professor convidado da Università Sapienza (Roma), IPBEJA (Portugal), Granada, Navarra e Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Foi convidado pelo Supremo Tribunal Federal em duas ocasiões para discutir temas ligados ao Direito e à Tecnologia. Também atua como professor e coordenador do programa de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) da Escola Superior de Advocacia Nacional do Conselho Federal é o órgão máximo na estrutura da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB). Foi fundador e presidente da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAB/SP (2005-2018). Atuou como Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo (2005-2021) e fundou a Comissão do Contencioso Administrativo Tributário da OAB/SP em 2014. Na área de arbitragem, é membro da Câmara Empresarial de Arbitragem da FECOMERCIO, OAB/SP e da Câmara Arbitral Internacional de Paris. Foi membro do Conselho Jurídico da FIESP (2011-2020) e diretor do Departamento Jurídico da mesma entidade (2015-2022). Atualmente desempenha o papel de Diretor Jurídico do DEJUR do CIESP. Foi coordenador do Grupo de Estudos de Direito Digital da FIESP (2015/2020). Foi convidado e atuou como pesquisador junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010, para tratar da segurança física e digital de processos findos. Além disso, ocupou o cargo de Diretor Titular do Centro do Comércio da FECOMERCIO (2011-2017) e foi conselheiro do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação da FECOMERCIO (2006-2010). Desde 2007, é membro do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP. Atua como professor de pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie desde 2007, nos cursos de Direito e Tecnologia, tendo lecionado no curso de Direito Digital da Fundação Getúlio Vargas, IMPACTA Tecnologia e no MBA em Direito Eletrônico da EPD. Ainda coordenou e fundou o Programa de Pós-Graduação em Direito Digital e Compliance do Ibmec/Damásio. É Mestre em Direito na Sociedade da Informação pela FMU (2007) e Doutor em Direito pela FADISP (2014). Lecionou na Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região, Academia Nacional de Polícia Federal, Governo do Estado de São Paulo e Congresso Nacional, em eventos em parceria com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, INTERPOL e Conselho da Europa. Como parte de sua atuação internacional, é membro da International High Technology Crime Investigation Association (HTCIA) e integrou o Conselho Científico de Conferências de âmbito mundial (ICCyber), com o apoio e suporte da Diretoria Técnico-Científica do Departamento de Polícia Federal, Federal Bureau of Investigation (FBI/USA), Australian Federal Police (AFP) e Guarda Civil da Espanha. Além disso, foi professor convidado em instituições e empresas de grande porte, como Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), Banco Santander e Microsoft, bem como palestrou em eventos como Fenalaw/FGV.GRC-Meeting, entre outros. Foi professor colaborador da AMCHAM e SUCESU. Em sua atuação junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), apresentou uma coletânea de pareceres colaborativos à ação governamental, alcançando resultados significativos com a publicação de Convênios e Atos COTEPE voltados para a segurança e integração nacional do sistema tributário e tecnológico. Também é autor do primeiro Internet-Book da OAB/SP, que aborda temas de tributação, direito eletrônico e sociedade da informação, e é colunista em Direito Digital, Inovação e Proteção de Dados do Portal Migalhas, entre outros. Em sua atuação prática, destaca-se nas áreas do Direito Digital, Inovação, Proteção de Dados, Tributário e Empresarial, com experiência jurídica desde 1988.

Leila Chevtchuk, eleita por aclamação pelos ministros do TST integrou o Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – ENAMAT. Em 2019 realizou visita técnico científica a INTERPOL em Lyon na França e EUROPOL em 2020 em Haia na Holanda. Desembargadora, desde 2010, foi Diretora da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região. Pela USP é especialista em transtornos mentais relacionados ao trabalho e em psicologia da saúde ocupacional. Formada em Direito pela USP. Pós-graduada pela Universidade de Lisboa, na área de Direito do Trabalho. Mestre em Relações do Trabalho pela PUC e doutorado na Universidade Autôno de Lisboa.