Direito Digit@l

Imparcialidade política dos CEOs e líderes empresariais: Mantendo a coesão e minimizando desgastes na mídia

Na era digital atual, a influência e voz de CEOs e líderes empresariais são mais amplas do que nunca. Embora as redes sociais ofertem uma plataforma de expressão direta ao público, elas também carregam a responsabilidade de ponderar as consequências de posicionamentos políticos.

11/8/2023

Na era digital atual, a influência e voz de CEOs e líderes empresariais são mais amplas do que nunca. Embora as redes sociais ofertem uma plataforma de expressão direta ao público, elas também carregam a responsabilidade de ponderar as consequências de posicionamentos políticos. 

1. Polarização no Brasil 

Em um contexto polarizado, ao assumir uma posição política, líderes empresariais arriscam falar para metade de funcionários, colaboradores, clientes e consumidores. Quando um líder de uma grande empresa decide apoiar uma ideologia ou partido, isso pode ecoar favoravelmente apenas para um segmento da sociedade, deixando outros se sentindo com um sentimento negativo. 

2. O papel do carisma empresarial 

Líderes empresariais frequentemente atuam como embaixadores de suas marcas no Instagram e outras redes. Assim, é crucial serem carismáticos e comunicativos. Associar a imagem empresarial à política pode limitar esse carisma a um grupo específico, arriscando a comunicação efetiva com todos. 

3. Gestão de crises e desgastes

Há um ditado que diz: "A notícia é sobre o avião que caiu, não o que pousou". Isso evidencia o foco da mídia e das pessoas no negativo. Uma declaração política polêmica de um CEO pode gerar um intenso desgaste midiático, ofuscando os sucessos da empresa. 

4. Códigos de conduta 

Formais: Muitas empresas têm diretrizes claras para o comportamento online dos funcionários. Para líderes, isso pode significar evitar tópicos controversos, como política. 

Informais:* Autoreflexão e empatia são vitais. Olhar ao redor é estar atento ao ponto cego e a voz da consciência ética coletiva e o tecido social. 

Líderes devem se questionar: "Minha declaração representa positivamente a empresa?" e "Estou desconsiderando uma parte da população?" 

Conclusão 

Embora CEOs e líderes empresariais tenham o direito de expressar suas opiniões, é crucial avaliar o impacto dessas afirmações na imagem da empresa e no relacionamento com os clientes. A neutralidade pode ser uma estratégia eficaz para manter o apoio e reduzir desgastes desnecessários com consumidores  do varejo. 

Que este seja um dia de reflexão e transformação, impregnado de respeito, caridade, amor e gentileza – valores que enobrecem a alma e constituem a verdadeira ciência. Juntos, através da cidadania e da educação, podemos renovar o Brasil. 

Salve a Advocacia! 

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Colunistas

Coriolano Aurélio de Almeida Camargo Santos é advogado e Presidente da Digital Law Academy. Ph.D., ocupa o cargo de Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB/SP), com mandatos entre 2013-2018 e 2022-2024. É membro da Comissão Nacional de Inteligência Artificial do Conselho Federal da OAB. Foi convidado pela Mesa do Congresso Nacional para criar e coordenar a comissão de Juristas que promoveu a audiência pública sobre a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, realizada em 24 de maio de 2019. Possui destacada carreira acadêmica, tendo atuado como professor convidado da Università Sapienza (Roma), IPBEJA (Portugal), Granada, Navarra e Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Foi convidado pelo Supremo Tribunal Federal em duas ocasiões para discutir temas ligados ao Direito e à Tecnologia. Também atua como professor e coordenador do programa de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) da Escola Superior de Advocacia Nacional do Conselho Federal é o órgão máximo na estrutura da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB). Foi fundador e presidente da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAB/SP (2005-2018). Atuou como Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo (2005-2021) e fundou a Comissão do Contencioso Administrativo Tributário da OAB/SP em 2014. Na área de arbitragem, é membro da Câmara Empresarial de Arbitragem da FECOMERCIO, OAB/SP e da Câmara Arbitral Internacional de Paris. Foi membro do Conselho Jurídico da FIESP (2011-2020) e diretor do Departamento Jurídico da mesma entidade (2015-2022). Atualmente desempenha o papel de Diretor Jurídico do DEJUR do CIESP. Foi coordenador do Grupo de Estudos de Direito Digital da FIESP (2015/2020). Foi convidado e atuou como pesquisador junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010, para tratar da segurança física e digital de processos findos. Além disso, ocupou o cargo de Diretor Titular do Centro do Comércio da FECOMERCIO (2011-2017) e foi conselheiro do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação da FECOMERCIO (2006-2010). Desde 2007, é membro do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP. Atua como professor de pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie desde 2007, nos cursos de Direito e Tecnologia, tendo lecionado no curso de Direito Digital da Fundação Getúlio Vargas, IMPACTA Tecnologia e no MBA em Direito Eletrônico da EPD. Ainda coordenou e fundou o Programa de Pós-Graduação em Direito Digital e Compliance do Ibmec/Damásio. É Mestre em Direito na Sociedade da Informação pela FMU (2007) e Doutor em Direito pela FADISP (2014). Lecionou na Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região, Academia Nacional de Polícia Federal, Governo do Estado de São Paulo e Congresso Nacional, em eventos em parceria com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, INTERPOL e Conselho da Europa. Como parte de sua atuação internacional, é membro da International High Technology Crime Investigation Association (HTCIA) e integrou o Conselho Científico de Conferências de âmbito mundial (ICCyber), com o apoio e suporte da Diretoria Técnico-Científica do Departamento de Polícia Federal, Federal Bureau of Investigation (FBI/USA), Australian Federal Police (AFP) e Guarda Civil da Espanha. Além disso, foi professor convidado em instituições e empresas de grande porte, como Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), Banco Santander e Microsoft, bem como palestrou em eventos como Fenalaw/FGV.GRC-Meeting, entre outros. Foi professor colaborador da AMCHAM e SUCESU. Em sua atuação junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), apresentou uma coletânea de pareceres colaborativos à ação governamental, alcançando resultados significativos com a publicação de Convênios e Atos COTEPE voltados para a segurança e integração nacional do sistema tributário e tecnológico. Também é autor do primeiro Internet-Book da OAB/SP, que aborda temas de tributação, direito eletrônico e sociedade da informação, e é colunista em Direito Digital, Inovação e Proteção de Dados do Portal Migalhas, entre outros. Em sua atuação prática, destaca-se nas áreas do Direito Digital, Inovação, Proteção de Dados, Tributário e Empresarial, com experiência jurídica desde 1988.

Leila Chevtchuk, eleita por aclamação pelos ministros do TST integrou o Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – ENAMAT. Em 2019 realizou visita técnico científica a INTERPOL em Lyon na França e EUROPOL em 2020 em Haia na Holanda. Desembargadora, desde 2010, foi Diretora da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região. Pela USP é especialista em transtornos mentais relacionados ao trabalho e em psicologia da saúde ocupacional. Formada em Direito pela USP. Pós-graduada pela Universidade de Lisboa, na área de Direito do Trabalho. Mestre em Relações do Trabalho pela PUC e doutorado na Universidade Autôno de Lisboa.