Cenário

Cenário - 14.5.19

Um radar dos principais assuntos que estão ou não na mídia, com um olhar diferenciado sobre grandes temas.

14/5/2019

Novos rumos, mais concorrência

As mudanças regulatórias para criar maior concorrência no mercado de gás natural no país, principalmente com redução da participação da Petrobras no setor, devem ganhar força nas próximas semanas.

Para tanto, o governo promoveu mudanças na estatal, substituindo o gerente-executivo de Gás Natural da Petrobras, Marcelo Cruz, e Luciano de Castro, assessor especial do presidente da companhia, Roberto Castello Branco, para a área de gás.

Os dois resistiam à posição do ministro da Economia, Paulo Guedes, que quer maior concorrência no setor. Cruz foi substituído por Rodrigo Costa Lima e Silva, que já trabalhava na companhia.

O governo quer ações da Petrobras para abrir mão de ativos que lhe dão o monopólio do setor, mas também pode atuar em um acordo junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

O Cade e a Petrobras podem fechar um acordo para cancelar uma série de processos que a estatal responde por supostas práticas que inibem a concorrência no setor.

Reforma administrativa

Próxima semana

A aprovação da medida provisória da reforma administrativa deve ficar apenas para a próxima semana, quando faltariam cerca de 15 dias para que as mudanças perdessem a validade.

O adiamento tem a ver com a viagem para os Estados Unidos dos principais atores envolvidos na negociação entre Executivo e Legislativo.

Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, embarcaram para uma série de reuniões com investidores norte-americanos.

E o presidente Jair Bolsonaro embarca na quarta-feira para o Texas, onde será homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

Como o tema é bastante delicado, o mais provável é que o Congresso adie essa discussão.

COAF

Mais poderoso

O governo estuda ampliar os poderes do Coaf, transformando-o em uma agência de inteligência financeira.

Nesse novo desenho, estudado pela Casa Civil, os diretores teriam mandato como dos órgãos reguladores e postura mais ativa sobre as movimentações financeiras. A mudança teria que passar pelo Congresso Nacional.

Comissão especial

Aposentadoria dos servidores

A comissão especial da reforma da Previdência inicia hoje os debates sobre o regime próprio da Previdência Social, que regulamenta as aposentadorias dos servidores públicos.

Esses debates devem ser marcados pela forte pressão dos sindicatos e entidades de servidores, alvos das mudanças mais profundas propostas pela Nova Previdência.

Copom

Dados essenciais

O Banco Central divulga hoje a ata do Copom, que na semana passada decidiu manter a atual taxa básica de juros em 6,5% para os próximos 45 dias.

No comunicado, logo após a reunião do Comitê, os diretores do BC apontaram que não havia riscos inflacionários para um aumento nos juros e, apesar de preocupante, a atividade econômica fraca não exigia uma nova queda da Selic.

A ata pode revelar as balizas que levaram a essa decisão e se há alguma expectativa de mudança.

PIB

Projeção menor

O mercado voltou a reduzir as previsões para crescimento deste ano. As estimativas do Boletim Focus caíram de 1,49% para 1,45%.

Foi 11ª queda consecutiva do indicador, medido entre 100 instituições financeiras.

A visão do mercado deve impactar nas projeções do governo, que serão anunciadas no próximo dia 22, quando também é esperada a divulgação de um novo corte orçamentário.

Previsão

Aposta na Previdência

Para a Secretaria de Política Econômica, porém, os indicadores de crescimento da dívida pública, investimento baixo, desemprego elevado e serviços públicos ineficientes mudariam assim que a reforma da Previdência fosse promulgada pelo Congresso.

De acordo com estudo divulgado pelo órgão do Ministério da Economia, a estimativa do percentual da dívida bruta em relação ao PIB neste ano passaria de 80,4% para 78,3%, se a reforma for aprovada.

O PIB seria turbinado para 2,9% neste ano, desde que a reforma seja aprovada. Se não for, o crescimento da economia será de 0,8%. Caso a Nova Previdência não passe, a Selic saltaria de 6,5% para 11,4% neste ano.

AGENDA

Reuniões - O presidente Jair Bolsonaro recebe hoje, às 10h, o ministro de Estado do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; e às 14h, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra.

Serviços - O IBGE divulga hoje os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, que mostra os indicadores do setor.

Orçamento - O Instituto Fiscal Independente do Senado apresenta hoje os dados do panorama orçamentário do governo Federal.

Copom - O Banco Central divulga hoje a ata da reunião do Copom da semana passada.

EDUCAÇÃO

Oportunidade - Uma bolsa para passar uma semana estudando Física no Porto, em Portugal, para alunos do Ensino Médio.

SABER

Lugares - Saiba como eram os estúdios de artistas famosos.

SUSTENTÁVEL

Ameaça - Conheça as espécies ameaçadas de extinção na fauna brasileira.

TECH

Inclusão - Novos emojis levam em conta uma variedade maior de gêneros.

BEM-ESTAR

Inclusão - Estudo mostra que nem todos têm benefícios fazendo meditação.

 
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