Agenda econômica se impõe
Com a reforma da Previdência à frente, o plano do novo governo de abrir caminhos para ajustar a economia antes mesmo da posse vai, aos poucos, ganhando terreno.
Os primeiros testes de estresse estão sendo aplicados pelo próprio presidente eleito Jair Bolsonaro.
Partiu dele a iniciativa de abraçar boa parte da responsabilidade de comunicar o que deve ser feito – vide a sequência de entrevistas dadas ontem às redes de TV.
Está centrada nele também quase toda a expectativa de negociação política associada ao tema – Bolsonaro tem viagem agendada a Brasília na semana que vem.
Neste momento, misturar assuntos não é o ideal. Mas se houver espaço, os próximos itens da lista serão 1) qualidade do gasto público e 2) tamanho do Estado.
Os discursos de eficiência e boa governança costumam ganhar densidade e apelo em épocas de transição. Bolsonaro quer aproveitar o clima.
A depender de como os ouvidos mais sensíveis vão reagir, o cronograma de privatizações pode vir à tona.
Transição 1
Pauta ampliada
Michel Temer e sua equipe pretendem indicar a Jair Bolsonaro a importância da manutenção de projetos que foram iniciados este ano e estão em curso.
Um deles é o que criou políticas de assistência social aos venezuelanos que fugiram para o Brasil por causa da crise.
Transição 1
Tudo pronto
As etapas prévias foram cumpridas e as equipes de transição estão prontas para trabalhar.
Os nomes que farão parte dos grupos setoriais – do lado do governo Temer e da parte de Bolsonaro – estão sendo definidos e devem ser formalizados amanhã no Diário Oficial.
Também amanhã o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, se encontrará com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Estados
A cara do orçamento
Governadores eleitos já articulam reuniões em Brasília e em seus Estados com atuais e futuras bancadas no Congresso.
A prioridade é indicar alterações nas emendas coletivas e, com isso, ter mais e melhor controle sobre o caixa em 2019.
PT
Hora do balanço
A Executiva Nacional do PT agendou para hoje, na sede do partido, em São Paulo, uma reunião para discutir a eleição e os próximos passos.
AGENDA
Desemprego - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua).
Conjuntura - A FGV divulga hoje três dados referentes a outubro: IGP-M, o Indicador de Incerteza da Economia e o Índice de Confiança Empresarial.
COPOM - O Comitê de Política Monetária do Banco Central inicia hoje mais uma reunião para definir a taxa básica de juros (Selic).
FGTS - Entra hoje em vigor o teto de R$ 1,5 milhão para a compra de imóveis financiados com recursos do FGTS.
Temer - Michel Temer participa da solenidade de entrega do Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial da CNI.
SABER
Cinema - Entre 1º e 11 de novembro, acontece a 20ª edição do Festival do Rio com mais de 200 filmes de 60 países em múltiplos pontos de exibição por toda a capital fluminense.
SUSTENTÁVEL
Lei - Pela primeira vez, estão regulamentados no Brasil os conceitos que devem guiar juridicamente a caracterização e diferenciação das práticas de maus-tratos, de crueldade e de abuso contra animais.
TECH
Mobilidade - Inovações tecnológicas (em inglês) para carros autônomos serão capazes de economizar combustível e, no futuro, tornar os semáforos e as multas itens obsoletos ao trânsito.
BEM-ESTAR
Poluição - Relatório da OMS (em inglês) revela que cerca de 93% das crianças do mundo, com menos de 15 anos de idade, respiram ar tão poluído que a saúde e o desenvolvimento correm graves riscos.
JORNAIS
Entrevistas - Na primeira rodada de entrevistas após a vitória, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai conversar com Michel Temer para tentar aprovar ao menos parte da reforma da Previdência ainda em 2018. (manchetes da Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)
Moro - Bolsonaro disse também que vai convidar o juiz Sérgio Moro para ocupar o Ministério da Justiça ou uma das vagas no STF. A interlocutores, o juiz diz que não descarta participar do governo. (todos os veículos)
Imprensa - O presidente eleito disse ser "totalmente favorável" à liberdade de imprensa, mas voltou a criticar a Folha de S.Paulo, acusando o jornal de espalhar fake news contra sua candidatura. (todos os veículos)
Câmara - Ao falar sobre a disputa pela presidência da Câmara, Jair Bolsonaro evitou declarar apoio a algum candidato, mas disse que o PSL não deve comandar a Casa. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)
Maia - Em entrevista, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a agenda econômica de Bolsonaro terá seu apoio na Casa. (O Globo)
Guedes - O futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, propõe, em debates internos, a redução das reservas internacionais do país, que hoje somam US$ 380,3 bilhões. (manchete do Valor Econômico)
Déficit - O setor público registrou déficit primário acima do esperado de R$ 24,62 bilhões em setembro, resultado agravado pela obrigatoriedade de alguns gastos pesados como os ligados à Previdência e à folha do funcionalismo. (todos os veículos)
Mercado - O entusiasmo com a vitória de Jair Bolsonaro na eleição, demonstrado pelo mercado financeiro logo na abertura da sessão de ontem, não resistiu à piora de humor internacional: a Bolsa recuou e o dólar registrou alta. (todos os veículos)
Internacional - A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que não buscará um quinto mandato na chefia de governo em 2021 e que deixará a presidência da União dos Democratas Cristãos no fim do ano. (todos os veículos)