Impulsividade está longe de ser percebido pelo eleitor como um defeito. Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) que o digam.
A contracapa das pesquisas (vide Ibope) sugere como nota de rodapé que o brasileiro médio passou a fazer - neste momento da campanha - a seguinte associação: 'velha política' = discurso embalado.
A preferência pelo 'novo' que (não faz muito tempo!) chegou a ser confundida com o Messias na forma de um não-político ganha agora formato mais contemporâneo.
A prova não está só nos números. Parte do eleitorado tem se mostrado simpático a sincericídios e a certa dose de improviso.
É bem verdade que os embates estão só no começo, mas também é certo que a retórica seletiva e previsível de outras eleições perdeu terreno.
A agenda dos candidatos adaptou-se a isso e está flexível para se ajustar ainda mais daqui até outubro.
Pós-Lula
Voto sem dono
O desconhecimento do público em relação a Fernando Haddad (PT) é o que a esta altura da campanha move a estratégia de Ciro Gomes (PDT) em busca votos.
Já Bolsonaro (PSL) passou a torcer com fervor por brancos e nulos.
Legenda
Foco no número
Haddad (PT) impulsiona de viva voz à tática que os petistas estão usando nos Estados, após a impugnação da candidatura de Lula.
Na porta das fábricas do ABC pediu voto no 13.
Memória
Relembrando
Aliados de Lula comemoraram o resultado do sorteio que indicou o ministro Celso de Mello como relator do recurso extraordinário no STF contra a decisão do TSE que negou o registro de candidatura do petista.
É que, em 2008, o decano alterou o ordenamento jurídico brasileiro ao aplicar teor de um tratado internacional.
Mello entendeu que o Pacto de San Jose tinha alcance de norma constitucional.
Minas Gerais
A calculadora de Dilma
A campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao Senado já consumiu R$ 2,9 milhões dos R$ 4,2 milhões previstos.
Goiás
Plano Caiado
O senador Ronaldo Caiado (DEM) é líder isolado nas pesquisas de intenção de votos para o governo de Goiás e já discute projetos com o legislativo local.
Entre outras coisas em discussão, Caiado já apresentou como proposta implantar um programa de 'Compliance Público' com mecanismos de controle interno e avaliação de desempenho da aplicação dos recursos oficiais.
Educação
Encolhimento
Estudos da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados mostram que, apesar de as despesas com pessoal na área da educação terem crescido, o total de recursos destinados diminuiu consideravelmente.
A conta sugere cortes em itens de custeio e investimento.
Em 2014, por exemplo, o governo federal desembolsou R$ 108,6 bilhões. Em 2017, o valor caiu para 98,2 bilhões.
Congresso
As emendas
Parlamentares governistas e da oposição fazem coro contra o reajuste do Judiciário.
Deputados e senadores terão, de fato, bastante trabalho para enquadrar as contas no Orçamento 2019.
As despesas com emendas parlamentares, no entanto, custarão quase R$ 2 bilhões a mais no próximo ano.
Agenda
Urnas - O TSE realiza hoje cerimônia de assinatura digital que marca a lacração do sistema eletrônico.
Índices - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo e a Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.
Veículos - A Anfavea apresenta hoje balanço da produção de veículos referente ao mês de agosto.
Extrativistas - O presidente Michel Temer participa da Cerimônia de Lançamento de Edital para Ações de Inclusão Social e Produtiva de Populações Extrativistas da Amazônia.
Presidenciáveis 1 - José Maria Eymael (DC) é o entrevistado de hoje da série do G1 e da CBN de sabatinas com candidatos à presidência.
Presidenciáveis 2 - Folha, UOL e SBT sabatinam hoje o candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos
Presidenciáveis 3 - A EBC entrevista hoje, às 17h30, o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin.
Nos jornais
Ibope - Na primeira pesquisa Ibope após o indeferimento da candidatura do ex-presidente Lula (PT) e o início do horário eleitoral, Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança, com 22% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) aparecem com 12% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 9%. (manchete de O Globo e de O Estado de S.Paulo)
Datafolha - Geraldo Alckmin entrou com ação no TSE para tentar impedir a divulgação da pesquisa Datafolha, prevista para segunda-feira, 10. O argumento é que a sondagem substituiu no questionário o nome do ex-presidente Lula pelo de Fernando Haddad - que ainda figura como vice na chapa do PT. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)
Alckmin - O MP de São Paulo ajuizou ação de improbidade administrativa contra Geraldo Alckmin. Segundo os promotores, o tucano aceitou pelo menos R$ 7,8 milhões da Odebrecht para financiar sua campanha à reeleição, em 2014, por meio de caixa dois. (todos os veículos)
Temer - Em vídeo divulgado ontem, Michel Temer rebateu as críticas que Geraldo Alckmin tem feito a seu governo: "Eu me dirijo a você [Alckmin] pelas falsidades que você tem colocado em seu programa eleitoral". (manchete da Folha de S.Paulo)
Lula - O ministro do STF Edson Fachin deve levar ao plenário recurso em que o ex-presidente Lula pede que seja juridicamente reconhecida a decisão do comitê da ONU que valida seu direito de ser candidato à presidência. (todos os veículos)
Meirelles - O candidato à presidência pelo MDB, Henrique Meirelles, participou da série Estadão-Faap Sabatina com os presidenciáveis. O ex-ministro defende o teto de gastos e diz que, "se promessas resolvessem, o Brasil seria uma maravilha". (O Estado de S. Paulo)
Odebrecht - A Polícia Federal concluiu inquérito sobre supostos repasses ilícitos da Odebrecht ao MDB e afirma que o presidente Michel Temer recebeu da empreiteira propinas de ao menos R$ 1,43 milhão por meio de intermediários. (todos os veículos)
Frete - A ANTT divulgou a nova tabela com preços mínimos de frete. A agência reguladora detalhou que o reajuste varia de 1,66% a 6,24%, dependendo do tipo de carga e da distância percorrida, e que a média ponderada é de 3%. (todos os veículos)
Subsídio - Em votação relâmpago, o Senado aprovou a MP 838/2018 que determina o subsídio com recursos da União para reduzir o preço do óleo diesel rodoviário até 31 de dezembro deste ano. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)
Estatais - O lucro das empresas estatais Federais chegou a R$ 37,2 bilhões no primeiro semestre, alta de 136% em relação ao mesmo período do ano passado. A Petrobras respondeu por 46% do total. (manchete do Valor Econômico)