Para driblar o efeito "Enéas" (oito presidenciáveis terão apenas poucos segundos de exposição diária!), as campanhas vão abusar dos vídeos teasers convidando o eleitor a passear pelas redes sociais.
Além disso, com o orçamento curto, as grandiosas produções para a TV e o rádio também perdem força.
Em vez de efeitos mirabolantes, locações fantásticas, atores e figurantes aos montes, a corrida eletrônica pelo voto deste ano voltará às origens: bastante imagens de arquivo e gravações em estúdio.
Mesmo o dono da fatia mais generosa da propaganda que começa hoje, Geraldo Alckmin (PSDB), teve de se adaptar.
Ao longo da semana, o tucano realinhou a estratégia a ser adotada.
A comunicação emocional e os ataques velados ao ideário bolsonariano largarão na frente. Tudo embalado em papel relativamente austero.
Palanque virtual
Estética youtuber
Na TV, alguns programas vão explorar a agilidade e os novos formatos típicos da internet.
A captação de imagens será, muitas vezes, "caseira". O telespectador será apresentado a vídeos em movimentos feitos por celular.
Jornal Nacional
Marina e a transição
A candidata da Rede, Marina Silva, encerrou ontem a série de entrevistas de presidenciáveis do Jornal Nacional.
Passou em revista o passado recente, em especial o apoio a Aécio Neves nas últimas eleições e o padrão adotado durante o impeachment de Dilma Rousseff.
Apresentou-se como alguém que pode levar o Brasil em segurança até a outra margem do rio (veja ou reveja aqui).
TSE
Pauta do dia
O TSE se reunirá hoje em sessão extraordinária, mas faz mistério sobre a possibilidade de analisar o registro de candidatura do ex-presidente Lula e sua participação no horário eleitoral gratuito.
Para justificar a chamada excepcional, colocou o registro de Geraldo Alckmin e o de José Maria Eymael na pauta.
Em todos esses casos, o personagem do dia será o ministro Luís Roberto Barroso.
Orçamento
O que está no papel
O Congresso recebe hoje o Projeto de Lei Orçamentária que guiará o primeiro ano de mandato do novo presidente da República.
Grupos de pressão já se organizam para levar muita gente às audiências públicas que precedem o trabalho dos relatores setoriais.
Até o fim de setembro, a comissão mista será palco de manifestações e lobbies.
Pela internet será possível acompanhar o que foi incluído, retirado ou alterado da peça enviada pelo Executivo (clique aqui).
Sociedade
Mural da violência
O Conselho Nacional de Justiça inaugurou um mural eletrônico que interliga informações de varas e juizados sobre processos relacionados à violência doméstica.
O monitoramento fornecerá dados por região e será uma importante ferramenta para a criação de políticas públicas de segurança e prevenção ao feminicídio.
Agenda
PIB – O resultado do Produto Interno Bruto referente ao 2º semestre de 2018 será divulgado hoje pelo IBGE.
Diesel – A Agência Nacional do Petróleo divulga hoje o preço de referência do diesel.
Contas – O resultado das contas do setor público consolidado em julho e o acumulado do ano serão apresentados hoje pelo Banco Central.
Nos jornais
Marina - A candidata da Rede à presidência, Marina Silva, afirmou, em entrevista ao Jornal Nacional, que não repetiria alianças com envolvidos em corrupção. Citando Itamar Franco, Marina disse que seu governo será de "transição". (todos os veículos)
Lula - A recomendação feita pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU para que o Brasil garantisse a participação do ex-presidente Lula na campanha eleitoral foi escolhida como um dos eixos principais da defesa do petista no TSE. (todos os veículos)
Bolsonaro - Os primeiros comerciais das campanhas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) no rádio e na TV terão Jair Bolsonaro (PSL) como alvo. (O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico)
Roraima - Os candidatos ao governo de Roraima se esforçam para convencer os eleitores de que salvarão o Estado da "invasão venezuelana". (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)
Terceirização - Por 7 votos a 4, o STF deu aval à terceirização dos diferentes tipos de atividade das empresas. (manchete da Folha de S.Paulo e O Globo)
Rombo - As contas do governo registraram um rombo de R$ 7,5 bilhões em julho, segundo dados do Tesouro Nacional. Embora tenha sido o melhor resultado para julho desde 2014, o valor foi o quarto pior desde 1997. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)
Eletrobras - A Eletrobras conseguiu vender mais três de suas distribuidoras, ontem. No leilão, a Energisa arrematou a Eletroacre (AC) e a Ceron (RO). A terceira, a Boa Vista Energia (RR), foi vendida para a Oliveira Energia. (todos os veículos)
Câmbio - O agravamento da crise na Argentina, que elevou os juros para 60%, e a tensão com a corrida eleitoral no Brasil fizeram o dólar chegar a R$ 4,21. O Banco Central interveio e a moeda fechou aos R$ 4,15. (manchete de O Estado de S. Paulo)
Argentina - A Argentina viveu ontem mais um dia dramático, com desvalorização de 15% do peso em relação ao dólar e elevação da taxa de juros de 45% para 60% ao ano. O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, deve ir a Washington pedir nova ajuda ao FMI. (manchete do Valor Econômico)